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Santa Cruz do Sul

Menina de sete anos distribui ração a cães de rua e sonha em ter cafeteria com animais para adoção

Em casa, a família possui quatro bichinhos, todos adotados: os gatos Missy e Johnny, e os cães Bóris e Jacke

08/07/2021 - 09h33min


Tiago Boff
Tiago Boff
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Átila Stertz / Arquivo Pessoal
Aluna do 1º ano do Ensino Fundamental, a pequena voluntária defende o acolhimento de pets abandonados

Quando circula de carro com os pais, Lívia Zimmer Stertz, sete anos, estica o olhar na altura da calçada. A menina procura por cães e gatos que vivam nas ruas de sua cidade, Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. No banco do automóvel, estão sacos plásticos com porções de ração. Logo que avista um bichinho, ela pede para estacionar e deixa o pacote no chão.

— Eu tenho pena, porque eles não têm o que comer. Todo mundo devia fazer isso, deixar um potinho com ração e água, e também fazer uma toca para eles dormirem — complementa a garota. Cada saquinho é organizado com cerca de 250 gramas de ração.

A ideia da entrega dos alimentos surgiu na pandemia, em um passeio. Mãe e filha procuravam um local mais afastado do movimentado centro do município, para uma caminhada ao ar livre. Lívia notou que, na periferia, havia mais animais soltos do que próximo de sua residência, e sugeriu que regressassem com as porções. 

Juliane Zimmer, 38 anos, define a filha como “bem decidida”. Acredita, contudo, que ações já realizadas pela família inspiraram o voluntariado.

Átila Stertz / Arquivo Pessoal
Cada saquinho é organizado com cerca de 250 gramas de ração

— Desde pequena, ela me acompanha na entrega de ração para as entidades de proteção, vê que fazemos rifas para ajudar, tudo pela causa animal — relembra a comerciante. 

A história de Lívia foi contada pelo portal Gaz, da região dos vales, e teve repercussão nacional. Postagens contando a iniciativa tiveram milhares de compartilhamentos nas redes sociais. 

Aluna do 1º ano do Ensino Fundamental, a pequena voluntária defende o acolhimento de pets abandonados. Tem, em casa, quatro bichinhos, todos adotados: os gatos Missy e Johnny, e os cães Bóris e Jacke. E pensa em transformar o trabalho em uma profissão futura.

—Eu quero abrir uma cafeteria, o nome vai ser “café e gato”. As pessoas vão ver os gatos e podem adotar eles. Ah, vai ter cachorro também — acrescenta a futura empresária.

Ouça o relato de Lívia e da mãe, ao programa Gaúcha Hoje



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