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Santa Catarina

Menino de dois anos recebe anticorpos contra a covid-19 pela amamentação

Resultado confirmou a imunização da criança contra o coronavírus e algumas de suas variantes

01/07/2021 - 09h58min

Atualizada em: 01/07/2021 - 09h59min


GZH
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Maryucha Miranda / Arquivo Pessoal
Maryucha Miranda e seu filho Joaquim

Um exame comprovou que uma criança de 2 anos e 2 meses adquiriu anticorpos contra a covid-19 através da amamentação. O caso ocorreu em Tubarão, no sul de  Santa Catarina. A fisioterapeuta Maryucha Miranda de Oliveira, de 38 anos, recebeu as duas doses da vacina  AstraZeneca e continuou amamentando o filho, Joaquim. 

Segundo informa o G1, este é um caso isolado, e teve acompanhamento médico a pedido da mãe. Na sexta-feira passada (25), um exame de anticorpos neutralizantes foi realizado com o sangue da criança — que possui uma doença autoimune caracterizada por baixos níveis de plaquetas no sangue. O resultado confirmou a produção anticorpos neutralizantes contra o coronavírus, inclusive para variantes do vírus.  

— Foi comprovado a importância da amamentação e da vacina. Uma vacina com duas pessoas imunizadas — afirmou a mãe. 

Os resultados mostram que Joaquim possui cerca de 20% dos anticorpos detectados que neutralizam as variantes do Brasil, África do Sul e do Japão. Ainda há 14,7% de atividade de anticorpos neutralizantes das cepas de Wuhan e do Reino Unido

Maryucha Miranda / Arquivo Pessoal
Teste de Joaquim aponta 20% de atividade de anticorpos neutralizantes contra variantes da covid-19

A mãe disse que parou de amamentar o filho 10 dias antes de realizar o exame. Segundo ela, o programado era amamentá-lo até os 2 anos de idade. Para garantir uma maior proteção ao filho, ela decidiu estender a amamentação por cerca de 20 dias depois da segunda aplicação da vacina.

— Ficamos sabendo da possibilidade de passar os anticorpos pelo leite materno, decidimos estender o mama até mais dias após a minha segunda dose que aconteceu no dia 24 de maio e fizemos o teste — disse Maryucha Miranda de Oliveira. 

Segundo o Secretário de Saúde de Tubarão, o médico Daisson José Trevisol, este é o primeiro caso documentado da região. 


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