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Transporte público

Após sinalização do prefeito, rodoviários da Carris decidem retomar atividades 

Trabalhadores da companhia, no entanto, vão manter estado de greve

24/08/2021 - 10h47min

Atualizada em: 24/08/2021 - 10h48min


Samantha Klein
Samantha Klein
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Depois de reunião com o prefeito Sebastião Melo, os trabalhadores da Carris e o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre realizaram uma assembleia, no começo da noite desta segunda-feira (23), para decidir os rumos do movimento contra a proposta do Executivo municipal de privatização da companhia estatal. Com mais de 200 trabalhadores na garagem da Carris, a maioria dos funcionários votou pelo retorno ao trabalho nesta terça-feira (24). 

Os funcionários realizaram hoje uma paralisação das atividades que repercutiu durante todo o dia. Em função dos transtornos aos usuários, a Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) convocou os demais consórcios do sistema para prestar o serviço, que ainda era impactado no começo da noite.  

— A conversa com o prefeito, que cedeu um pouco e abriu o diálogo, foi determinante para que a gente definisse a retomada ao trabalho, mas com manutenção do estado de greve. As linhas estarão normalizadas amanhã — disse o delegado sindical da Carris, Luiz Afonso Martins. 

Ainda pesou o decreto que o prefeito Sebastião Melo assinou, no final da tarde desta segunda, autorizando que a prefeitura possa requisitar funcionários, vans, lotações e coletivos a outras empresas do sistema caso ocorra uma greve. O mandatário ainda foi enfático ao dizer que cortará o ponto dos trabalhadores.  

Pressionado pela categoria, Melo recebeu um grupo de funcionários da Carris, sindicalistas e vereadores da oposição para debater a proposta. O prefeito cedeu 10 dias para a discussão e vai recebê-los novamente na próxima quinta-feira (26). No entanto, o prefeito não demonstrou que pretenda retirar o projeto da pauta de discussões da Câmara de Vereadores, conforme solicitou o Sindicato dos Rodoviários. 

A proposta de privatização da Carris faz parte de um pacote da prefeitura para o transporte da Capital. Além dessa medida, o Executivo enviou à Câmara textos que pretendem autorizar a não obrigatoriedade da reposição de cobradores nos coletivos, além da redução das isenções e a limitação do passe escolar a estudantes de baixa renda.  


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