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Seu Problema é Nosso

Há quatro meses, aposentada aguarda por cirurgia no quadril

Alfreda Podal, 74 anos, aguarda pelo agendamento da data para uma artroplastia total no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre

20/08/2021 - 15h34min

Atualizada em: 20/08/2021 - 15h35min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
As dores a impedem de fazer atividades do dia-dia, como andar e limpar a casa

Dificuldade para andar e dores intensas viraram rotina para a empregada doméstica aposentada Alfreda Podel, 74 anos, de Alvorada. Desde março, ela aguarda o agendamento da data para uma artroplastia total no quadril – cirurgia de substituição da articulação por uma prótese – no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre

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Devido à idade, Alfreda sofre há cerca de dois anos com uma osteoartrose coxofemoral primária. Segundo a Sociedade Brasileira de Quadril, a doença é caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem articular do quadril e pela formação de novos tecidos ósseos nas margens articulares da coxa, conhecidos como bicos de papagaios. A osteoartrose é degenerativa, crônica e acomete principalmente pessoas idosas ou quem tem histórico da doença na família. Entre os principais sintomas estão a dor localizada na virilha do paciente e dificuldade de andar e de movimentar o quadril, sendo uma das formas de tratamento a cirurgia ou o uso controlado de medicamentos. 

Segundo o companheiro da aposentada, o radialista Juliano Cardoso, 34 anos, em março, Alfreda realizou a primeira consulta no Hospital Cristo Redentor. 

– Quando ela começou a sentir essas dores, foi consultar em um posto de saúde daqui de Alvorada. O município encaminhou o caso ao Hospital Cristo Redentor. Lá, fizeram os exames, e o médico indicou a cirurgia no quadril dela – conta. 

Ajuda 

De acordo com a aposentada, as dores a impedem de fazer atividades do dia-dia, como andar e limpar a casa. Ela conta que depende de um andador para se locomover: 

– Eu não consigo andar direito. Não consigo dormir nem limpar a casa, varrer o pátio, andar sozinha. É triste, porque dói muito – lamenta. 

Alfreda acrescenta: 

– Eu aguardo pela cirurgia porque é muito sofrido. A esperança é que eu consiga fazê-la logo e que eu fique boa da minha perna.

Ela explica que necessita da ajuda do namorado e de uma cuidadora para realizar as atividades para realizar as atividades:

– Não consigo mais cozinhar, fazer nada – relata. 

Fila

Ela e o companheiro comentam que a cirurgia é considerada um procedimento eletivo. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde Porto Alegre, cirurgia eletiva é um procedimento que não causa agravamento na saúde do paciente ou risco de vida. Uma vez indicado, ele é agendado pela equipe assistente pela ordem de ingresso na fila para realização da operação, a partir da condição clínica do paciente.

Não há previsão para cirurgia 

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre confirma que Alfreda “foi encaminhada via Central Estadual de Regulação para avaliação no Hospital Cristo Redentor”. Após o atendimento médico, “a avaliação da condição de saúde da paciente assim como a indicação do procedimento é realizada pela instituição de saúde”.  

O Hospital Cristo Redentor, do Grupo Hospitalar Conceição, informou que “a paciente citada está na fila para realizar a cirurgia, conforme a legislação vigente do Sistema Único de Saúde”, no entanto não informou a previsão para que a cirurgia da aposentada ocorra. Questionado sobre a posição na fila em que dona Alfreda se encontra, o hospital não informou qualquer data até o fechamento desta reportagem.

Produção: Vitória Fagundes

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