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Acidente

Paraquedista bate contra muro e morre durante treinamento no Aeroclube de Novo Hamburgo

Cristiano Lima era instrutor profissional do Centro Gaúcho de Paraquedismo e saltava há cerca de 20 anos

05/09/2021 - 12h22min

Atualizada em: 05/09/2021 - 12h22min


Karine Dalla Valle
Karine Dalla Valle
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Reprodução / Instragam
Cristiano Lima (o segundo da direita para a esquerda, fazendo sinal com os dedos) era instrutor do Centro Gaúcho de Paraquedismo

Correção: o paraquedista morto neste sábado (4) realizou cerca de 2 mil saltos, e não 20 mil, como publicado entre 15h50min e 20h15min de 4 de setembro. O texto já foi corrigido.

Um paraquedista morreu na manhã deste sábado (4) durante treinamento no Aeroclube de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Instrutor profissional, Cristiano Lima tentava pousar após pular de um avião, quando bateu contra um muro e não resistiu.

Lima morava em Porto Alegre, tinha 20 anos de experiência com paraquedismo, cerca de 2 mil saltos no currículo e atuava no Centro Gaúcho de Paraquedismo (CGP), que utiliza a sede do aeroclube hamburguense para a prática do esporte. 

Segundo o colega Lazier Pacheco, que também é instrutor do CGP, Cristiano havia pulado do avião com outros integrantes de sua equipe. Eles treinavam para o Campeonato Brasileiro de Paraquedismo, que deve ocorrer a partir do dia 18 de setembro em Anápolis, interior de Goiás.

Cristiano e mais um paraquedista acabaram se distanciando da área de pouso, que era a pista do aeroclube. O colega conseguiu escolher um local alternativo e aterrissar com segurança. Cristiano, pelo contrário, bateu contra um muro que fica a cerca de 400 metros da pista. 

– Ele saltou e não conseguiu chegar na área de pouso. Não é uma coisa incomum. Quando acontece isso, se opta por uma área alternativa. O Cristiano, ao se aproximar dessa área alternativa, acabou colidindo contra um muro. Devido aos ferimentos, faleceu. Não teve problemas com paraquedas, nada disso. Tem vários fatores que podem ter dificultado o pouso – explica o instrutor. 

Cerca de 50 pessoas estavam no aeroclube, e todos os saltos foram cancelados logo após o acidente. 

– Paraquedismo é um esporte radical, mas a gente trabalha com segurança. Foi um acidente que, para nós... estamos todos muito abalados – diz Pacheco. 

Em 2017, outro paraquedista do Centro Gaúcho de Paraquedismo também morreu ao bater contra um muro no Aeroclube de Novo Hamburgo. Fabrício Funck colidiu contra uma construção mais próxima à pista. Tinha cerca de três anos de experiência no paraquedismo e havia realizado entre 90 e cem saltos. 

Colega dos dois, Pacheco garante que a área do aeroclube utilizada pelos paraquedistas é segura. Ressalta que o clube tem tradição em formar novos profissionais e já realizou uma série de saltos. 

- O local está dentro das configurações de espaço - diz. 


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