Renovação a caminho
Prefeitura de Porto Alegre realiza testes para a revitalização do Viaduto da Borges
Segundo o Executivo municipal, obra começa oficialmente na quinta-feira (16)
A prefeitura de Porto Alegre realizou testes nesta quarta-feira (15) para a pintura do Viaduto Otávio Rocha, na Avenida Borges de Medeiros. A obra faz parte do programa Centro+, que agrupa medidas para revitalizar a área central da Capital.
Conforme a Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPAE), a revitalização começa oficialmente na quinta-feira (16), e o que foi visto nesta quarta é apenas um teste das tintas que poderão ser usadas pelas equipes. O Executivo municipal não dá mais detalhes sobre a obra, mas garante que o trabalho abrange mais do que a pintura da estrutura. A reforma do monumento é uma das obras prioritárias do governo de Sebastião Melo, ao lado de intervenções na Usina do Gasômetro e no Mercado Público, por exemplo.
Há cerca de um mês, durante entrevista à Rádio Gaúcha, Melo prometeu que a revitalização do viaduto seria feita até o fim do mandato dele. Na ocasião, o prefeito afirmou que o Executivo trabalhava na arrecadação do valor necessário para as obras.
— O viaduto será revitalizado na minha gestão. O que posso dizer é que há uma luz no fim do túnel — disse.
Segundo Adacir Flores, presidente da Associação Representativa Cultural dos Comerciantes do Viaduto Otávio Rocha, estruturas de esgoto e eletricidade são problemáticas há anos, assim como infiltrações nas calçadas e a insegurança, especialmente à noite e em dias chuvosos, quando há menos movimento.
Dono de um sebo no local, ele afirma que os permissionários desenvolveram, ao lado de arquitetos, universidades e moradores da região, um projeto de reestruturação e humanização do monumento. Conforme Flores, a ideia — que começou a ser desenvolvida em 2005 e foi apresentada na Câmara Municipal em 2016 — chegou a ser apresentada ao prefeito Melo e ao secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer, há cerca de 20 dias, mas que "tudo indica não estar havendo inclusão social na obra":
— Nós queremos ser parceiros da prefeitura, mas lamentamos que nem nos comunicaram sobre a pintura. Nos sentimos isolados como permissionários, como cidadãos. Esperamos que, com o andar da carruagem, consigamos chegar a um acordo, a algo que valorize o patrimônio imaterial e mantenha a identidade do sapateiro, do artista plástico, do vendedor de livros e dos cidadãos que têm, no viaduto, sua vida.