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Saúde animal: saiba identificar os sintomas da cinomose

Doença afeta cães, é altamente contagiosa e apresenta nível elevado de mortalidade

15/09/2021 - 10h27min


Thiago Cruz / UFRGS Arquivo
Doença é grave, e veterinário deverá ser procurado em caso de suspeita

Algumas doenças são muito perigosas para os animais. No caso dos cães, a cinomose é uma das patologias que os tutores mais precisam ficar atentos. Causada por um vírus, ela é altamente contagiosa e possui elevado nível de mortalidade. Para evitar que esse mal aflija seu cãozinho, é importante conhecer os sintomas e entender como é possível prevenir a doença.

Gabriela Ledur, médica veterinária do Hospital de Clinicas Veterinárias da UFRGS, explica que a disseminação do vírus ocorre por aerossol, ou seja, por pequenas partículas de secreção respiratória dos bichinhos que são transportadas pelo ar. A principal fonte de contaminação é o contato com outros animais infectados. E é importante ficar atento, pois esse contato pode ocorrer de forma indireta como através dos recipientes de água e comida ou mesmo das casinhas e cobertores contaminados. Quando um cão está com o vírus, todos os objetos que ele utiliza podem se tornar transmissores.

Os cachorros filhotes e idosos são as principais vítimas da cinomose, devido à baixa imunidade de seus organismos. Ela é uma doença exclusivamente dos cães, então, humanos e animais de outras espécies não são afetados. Por atacar diversas regiões do corpo – como os sistemas digestivo, respiratório e nervoso central – seus sintomas são variados. 

– Os sinais clínicos dependem das condições ambientais, da idade e da imunidade do hospedeiro. Os sintomas incluem redução do apetite, diarreia, febre, pneumonia, secreção ocular e nasal, tosse e falta de ar – explica Gabriela. 

Quando o quadro de saúde do animal chega a níveis mais graves, ele pode apresentar sintomas neurológicos como convulsões, tremores e dificuldade de locomoção. 

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Vacinação  

Levar os filhotes para dar um passeio é um momento de descontração, mas perigoso para aqueles que não completaram seu quadro vacinal. A veterinária explica que, quando ainda estão em seu esquema de vacinação, aquele período em que são aplicadas as primeiras vacinas do filhote, eles só devem ser levados para passear, sair de casa ou mesmo ter contato com outros cães 15 dias após a aplicação da última dose. Esse é o tempo necessário para que o sistema imunológico do pet gere a proteção necessária para o seu organismo. 

Para os pequenos, outras medidas de proteção são a garantia da amamentação e a realização de limpezas contínuas no ambiente onde eles se encontram. 

Sobreviventes devem fazer acompanhamento

Todos os animais devem ser vacinados, independentemente da idade – inclusive aqueles que já foram contaminados.  Não existe uma cura ou tratamento específico para a cinomose. Caso desconfie que seu bicho possa estar infectado, é recomendado que procure um veterinário o mais brevemente possível. Havendo o diagnóstico positivo, o bichinho precisará ser isolado. O veterinário poderá indicar tratamentos que minimizar os sintomas da doença.  Gabriela explica que, como podem ficar sequelas nos sobreviventes, o cão precisará de atenção contínua, sem a interrupção dos tratamentos indicados.

Produção: Émerson Santos


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