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Turismo espacial: o DG te ajuda a entender que viagem é essa

Bilionários estão fazendo viagens ao espaço. Saiba mais sobre esse rolê.

02/09/2021 - 05h00min


Rodrigo Lopes
Rodrigo Lopes
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Reprodução / Youtube
Richard Branson em sua ida ao espaço

O colunista de assuntos internacionais de Zero Hora e GZH, Rodrigo Lopes,  fala sobre as viagens comerciais ao espaço. Confira.

Por que estão ocorrendo tantas viagens ao espaço?
Até pouco tempo atrás, apenas astronautas profissionais podiam viajar ao espaço, a bordo de naves que levavam anos para serem desenvolvidas em viagens pagas somente por governos com muito dinheiro, como os Estados Unidos ou a Rússia. Afinal, custa muito caro essa aventura. O valor para se sair da Terra continua altíssimo, envolve muita tecnologia e preparação, mas a diferença é que, graças a iniciativas de pessoas muito ricas, a nossa vez, como pessoas comuns, já não está tão distante. Desde que se tenha dinheiro, claro. Até agora, ocorreram duas viagens “comerciais”: uma em 11 de julho, feita por Richard Branson, dono da Virgin Galactic, e outra no dia 20 de julho, por Jeff Bezzos, dono da Amazon e do jornal The Washington Post. São os primeiros voos do que pode, daqui a alguns anos, se tornar um turismo fora da Terra. O terceiro bilionário envolvido na corrida é Elon Musk, dono da Tesla e de uma empresa de turismo espacial chamada Space X.

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Quem foi mais longe?
Há diferenças entre os dois voos. Primeiro, o meio de transporte: Branson voou a bordo de um avião não convencional. Bezos foi em uma cápsula impulsionada por um foguete. Outra diferença: Branson pode ter sido o primeiro a voar, mas Bezos foi mais longe, atingiu 100 quilômetros e despertou polêmica sobre qual a fronteira entre a atmosfera da Terra e o espaço. Os Estados Unidos consideram que o espaço “começa” nos 80 quilômetros (que Branson superou, chegando a 86 quilômetros). Já a Federação Aeronática Internacional determina a Linha de Kármán (100 quilômetros) como o limite, o que faria de Bezos o vencedor momentâneo. Durante quatro minutos, ele e os companheiros na cápsula (o irmão de Bezos, Mark, uma senhora de 82 anos, Wally Funk, pilota e ex-instrutora de voo e, agora, a pessoa mais velha a ir ao espaço, e um jovem de 18 anos, Oliver Daemen) puderam sentir a ausência de peso. Foi quando desativaram os cintos e flutuaram dentro do equipamento.

Para que pessoas comuns querem viajar ao espaço?
Primeiro porque, para muita gente, esse é um sonho, uma aventura. Mas os três bilionários têm objetivos diferentes. Bezos quer retomar viagens à Lua com o projeto Blue Moon, uma espaçonave robótica que deve começar a viajar até lá dentro de três anos e explorar o turismo espacial. Branson também quer oferecer voos turísticos suborbitais para curiosos e interessados no espaço. Sua empresa já levou astronautas à Estação Espacial Internacional, na órbita da Terra. Já Musk sonha colonizar Marte – por enquanto, ele foi contratado pela Nasa para chegar à Lua.

Se a ideia vingar, quanto deve custar uma viagem ao espaço?
Para o voo de Bezos, além dos convidados, uma vaga foi a leilão. O vencedor pagou US$ 28 milhões (R$ 145 milhões), mas desistiu da viagem alegando “compromissos conflitantes”. Por isso, o lugar na nave ficou para Oliver Daemen, que deu lance menor. Já bilhete para o voo de Branson é mais “barato”. Custa US$ 250 mil (R$ 1,29 milhão). Ele já vendeu 700 passagens para o espaço. Celebridades como Tom Hanks e Ashton Kutcher pagaram esse valor cada um, por exemplo. Apesar dos custos altos, a tendência é de que, ao longo dos anos, a passagem passe a caber mais nos orçamentos. Estima-se que o segmento movimente US$ 3 bilhões em 2030.


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