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O Tinder dos pets

Aplicativo conecta animais de estimação a quem deseja adotar

Fundado em agosto, PetPonto já tem cerca de 700 perfis de cães e gatos que aguardam um lar em todo o Brasil, inclusive no Rio Grande do Sul

08/10/2021 - 07h54min

Atualizada em: 08/10/2021 - 07h56min


Karine Dalla Valle
Karine Dalla Valle
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Anselmo Cunha / Agencia RBS

A pessoa baixa o aplicativo, coloca suas preferências — se quer macho ou fêmea, grande ou pequeno e pronto: vai visualizar uma série de fotos de cães e gatos que estão para adoção. Pode, inclusive, marcar um encontro para ver se gosta do pet e se vai levá-lo para casa, "match" que é a finalidade do PetPonto, ferramenta gratuita que busca encontrar donos para diversos animais disponíveis para adoção.

Fundado em agosto, o PetPonto já tem cerca de 700 perfis de cães e gatos que aguardam um lar em todo o Brasil. Eles foram cadastrados por ongs e protetores de animais que podem ter no aplicativo mais uma plataforma para dar visibilidade aos bichos abandonados.

Um dos projetos que aderiu ao PetPonto é o AuQueMia, que reúne protetores de Porto Alegre e Região Metropolitana. Segundo a fundadora, Adriana Tavares Medeiros, 51 anos, a crise financeira provocada pela pandemia aumentou a quantidade de cães e gatos rejeitados, e a sensação de quem cuida desses animais é de estar "enxugando gelo".

— As adoções estão bem difíceis durante a pandemia, por causa da situação financeira das pessoas. O número de animais abandonados aumentou, parece que a gente está enxugando gelo. Existem mais pessoas querendo doar seus animais do que pessoas querendo adotar — diz. 

O PetPonto dá liberdade para a pessoa escolher o animal de acordo com sua vontade, mas, segundo Adriana, há mais procura pelos cães pequenos, que ocupam pouco espaço. Por outro lado, a maioria dos bichos que não conseguem donos é de porte grande e médio — além dos pretos, porque há preconceito. 

— São os esquecidos. A demanda por cães de porte pequeno e raça específica é muito grande, esses não ficam muito tempo conosco. Mas os de porte médio e grande, além da cor preta, são os que mais passam tempo aguardando adoção — desabafa.

De acordo com a administração do PetPonto, ainda não houve adoção de um animal do Rio Grande do Sul pelo aplicativo, mas a expectativa é de que o primeiro "match" ocorra em breve na ferramenta disponível nos sistemas Android e IOS.

Outra plataforma que ajuda a divulgar animais para adoção é o Na.Mosca, fundado em abril deste ano em Porto Alegre. Segundo a idealizadora, Márcia Messa, diversos animais já conseguiram um lar, e o projeto conseguiu expandir para 10 Estados. 

— A gente já tem uma média de 25 adoções por mês. As próprias ongs falam pra gente que o aplicativo facilita muito o processo de adoção. Com ele, a pessoa que quer adotar só registra o interesse. 

Para quem deseja adotar e já tem na cabeça diversos requisitos físicos, como raça e cor do animal, Marcia observa:

— Mais importante do que o porte e a cor do bichinho, é se ele tem o mesmo perfil que você. 


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