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Cabos excedentes

Entenda por que a poluição visual permanece mesmo com retirada de fios em postes de Porto Alegre e Guaíba

Ao todo, foi recolhida quase uma tonelada de sucata de cabos metálicos e cordoalhas de aço e fibra, segundo dados da CEEE

07/11/2021 - 13h09min

Atualizada em: 07/11/2021 - 13h10min


Letícia Paludo
Letícia Paludo
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Lauro Alves / Agencia RBS

A primeira fase da ação da CEEE Equatorial para retirada de fios excedentes de postes de luz no Estado contemplou as vias Francisco Silveira Bitencourt, na zona norte da Capital, e Nestor de Moura Jardim, em Guaíba. Ao todo, foi recolhida quase uma tonelada de sucata de cabos metálicos e cordoalhas de aço e fibra, segundo dados da companhia. 

Apesar desse volume, a melhora na poluição visual não é tão evidente e grandes quantias de fios ainda são vistas no entorno das vias. Segundo o superintendente técnico da CEEE Equatorial, Julio Hofer, isso ocorre pois ambas são regiões muito requisitadas por empresas de telefonia, TV a cabo e internet. Mas, depois da intervenção, as redes pelo menos estão mais organizadas.  

— Ficou muito melhor porque agora conseguimos olhar e identificar a rede de energia, que antes não podia ser vista pois estava toda enrolada em outros tipos de cabos, o que pode representar risco de choque. Hoje, a energia está separada das outras redes, há um vão. A gente recolheu muitos quilos de cabos irregulares e ordenamos, junto com as empresas, os remanescentes. Mas, como são vias importantes, que ligam bairros e regiões, um volume grande de fiação sempre vai permanecer — afirma Hofer.

O prazo de conclusão dessa etapa terminava nesta sexta-feira (5), mas os trabalhos na avenida Francisco Silveira Bitencourt continuarão por pelo menos mais uma semana. O motivo são os restos de fiação deixados por empresas de telefonia sobre a calçada, na rua ou pendurados nos postes. De acordo com a CEEE, as empresas foram notificadas sobre a necessidade de recolher o material, mas, se o problema não for resolvido até o final da tarde desta sexta, caberá à concessionária tirar os materiais ao longo da próxima semana. 

— Acabaram deixando muitos restos de material na rua, muitos cabos no chão ou pendurados. Isso foi ruim, não deveria ter acontecido. Vamos corrigir essas ações a partir da semana que vem. O projeto como um todo está em sua fase inicial, e naturalmente precisa de ajustes. Queremos que o envolvimento das empresas seja maior, já que uma minoria veio organizar e identificar seus cabos, o que resultou numa retirada de fiação enorme, muito maior do que havíamos previsto — afirma o superintendente.

O projeto tem como objetivo tentar diminuir a poluição visual das cidades e garantir segurança à população e às equipes que trabalham nos postes, diminuindo os riscos de choques elétricos e outros acidentes envolvendo os fios. A cada mês, novas vias passam a ser contempladas pela ação. 

A dinâmica começa com a vistoria de técnicos da concessionária, que avaliam os postes que estão com fios irregulares instalados. Posteriormente, as empresas responsáveis são contatadas e recebem um prazo para regularizar a situação, identificando e organizando as estruturas que são de sua responsabilidade. Se não o fizerem, os fios são cortados e removidos pela CEEE.

 CEEE inspeciona mais três vias a partir da próxima semana

A empreitada da CEEE Equatorial para remoção de cabos excedentes ou irregulares em postes de iluminação pública entra em sua segunda fase a partir da próxima semana. A fiação ao longo da Rua José Maria Escrivá, no Jardim do Salso, em Porto Alegre, será inspecionada entre segunda (8) e terça-feira (9), e os trabalhos de organização e eventual corte de fiações irregulares ocorre nos dias 11 e 12. 

O trecho da Avenida Bento Gonçalves que vai da Ipiranga, em Porto Alegre, à Avenida Salgado Filho, em Viamão, bem como a própria Salgado Filho, também serão alvo dos trabalhos de inspeção, que ocorrem em 17 e 18 de novembro. Já a organização dos fios será de 22 de novembro a 3 de dezembro.


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