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Campanha publicitária criou mesmo o Papai Noel? Conheça a história por trás da origem do "bom velhinho"

Há quase um século, figura faz parte das comemorações de Natal, especialmente no mundo Ocidental 

10/12/2021 - 10h33min

Atualizada em: 10/12/2021 - 10h34min


GZH
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Antonio Valiente / Agencia RBS

O Natal marca o nascimento de Jesus Cristo para os cristãos, mas outra figura também se tornou símbolo nesta época, especialmente no Ocidente. O Papai Noel, o bom velhinho barbudo, gordinho e vestido em roupas vermelhas, ocupa um espaço considerável na cultura popular. Mas como o personagem acabou entrando em evidência?   

A imagem do Papai Noel que temos atualmente foi resultado de uma campanha publicitária realizada pela Coca-Cola no ano de 1931. Criado pelo artista Haddon Sundblom, a série de propagandas fiz tanto sucesso que consolidou a imagem atual de Noel como um velhinho, barrigudo, barbudo e grisalho que se veste de vermelho. 

Contudo, uma reportagem da revista Smithsonian Magazine revelou que algumas décadas antes, em 3 de janeiro de 1863, foram lançadas as bases para a imagem atual do Papai Noel como conhecemos – apesar da campanha publicitária da Coca-Cola tê-la popularizado. Naquele ano, o cartunista da Guerra Civil Americana Thomas Nast publicou, na revista Harper’s Weekly, uma ilustração do bom velhinho distribuindo presentes em um campo de guerra do Exército da União.  

O artista era natural da Alemanha, mas viveu nos Estados Unidos e se especializou em charges políticas em sua época, sendo considerado até mesmo o “pai” desse tipo de ilustração no país. 

Raízes bem mais antigas 

A principal influência para a figura do Papai Noel foi São Nicolau de Mira, um bispo e santo católico que viveu por volta do século 4, na região onde hoje é a Turquia. Ele veio de uma família rica e tinha o hábito de deixar presentes anonimamente para os pobres, principalmente, para crianças órfãs.  

Por conta do nome “São Nicolau” que surgiram alguns dos nomes mais conhecidos para o bom velhinho ao redor do mundo, como “Santa Claus”, em inglês, por exemplo. “Noël” significa “natal” em francês e foi adotado em diversas partes do mundo, mas principalmente no Brasil por conta da relação próxima que o país tinha com o idioma até décadas atrás – em Portugal, por exemplo, o personagem é chamado de “Pai Natal”. 

Apesar da influência cristã, a figura teve referências também em culturas pagãs. As oito renas voadoras que puxam o trenó do Papai Noel, possivelmente, foram inspiradas em Sleipnir, o cavalo de oito patas do deus maior do panteão nórdico, Odin – que, por coincidência ou não, também é representado como um idoso de barba branca. 

Na antiga Escandinávia, era comum que crianças deixassem cenouras e feno em botas do lado de fora de suas casas para alimentar Sleipnir durante o festival chamado Yule, no solstício de inverno. Em retribuição, Odin enchia as botas com os mimos para os pequenos. 

A prática de deixar comida para o Papai Noel vem desse costume – a tradição é forte em vários locais do mundo, mas não costuma ocorrer no Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, as crianças deixam biscoitos e leite ao lado da chaminé para alimentar o bom velhinho. 


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