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Ministério da Saúde confirma dois casos da Ômicron no Distrito Federal; total no país chega a cinco

Outros oito casos estão em investigação, segundo a pasta

03/12/2021 - 08h45min

Atualizada em: 03/12/2021 - 08h46min


Jhully Costa
Jhully Costa
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Marina Pagno
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Jonatan Sarmento / Arte GZH

Mais dois casos da variante Ômicron foram identificados no Brasil, de acordo com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (2), durante uma reunião sobre a vigilância e monitoramento da nova cepa do coronavírus, que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Brasília. Com isso, chega a cinco o total de infectados com a Ômicron no país — os outros três casos foram confirmados em São Paulo. 

Ao anunciar os novos casos, o secretário de Saúde do Distrito Federal, Manoel Pafiadache, explicou que as duas pessoas estavam em um voo que iniciou na África do Sul e que, ao chegar em Brasília, passaram por testes para a covid-19 nesta semana. Os testes deram positivos para a doença. Após um trabalho de sequenciamento genético, confirmou-se a presença da Ômicron.  

Ainda segundo Pafiadache, os dois passageiros vindos da África do Sul estão isolados, sendo que um deles apresenta sintomas leves e o outro está assintomático.  

De acordo com os dados apresentados pelo Ministério da Saúde, entre os casos confirmados até agora no Brasil, há uma mulher e quatro homens. Todos estavam vacinados contra a doença, algumas inclusive com a dose de reforço. Outros oito casos estão em investigação, conforme a pasta. Seis deles estão no Distrito Federal, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro.  

Como foi a reunião 

No decorrer da reunião, que foi transmitida ao vivo pelo canal do Ministério da Saúde no YouTube, o ministro Marcelo Queiroga explicou que o objetivo era mostrar que a pasta está fazendo uma integração com os Estados, municípios e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tranquilizar a sociedade brasileira em relação à variante Ômicron. 

— A Ômicron é uma variante de preocupação, não de desespero, porque as autoridades sanitárias estão preparadas para dar as respostas — disse Queiroga, ressaltando que o avanço da campanha de vacinação no Brasil dá tranquilidade para enfrentar a nova cepa e outras que possam surgir. 

Em seguida, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, apresentou a Sala de Situação da secretaria, destacando que a equipe trabalha monitorando todos os casos de Ômicron no Brasil e no mundo, desde a vigilância mais simples até a mais complexa. O espaço, segundo Medeiros, foi ativado em 29 de novembro, um dia antes da confirmação do primeiro caso da variante no país. 

Dentre as ações da sala, o secretário citou: manter e adotar medidas de prevenção e controle referentes à Ômicron; monitorar o comportamento da variante no mundo; registrar casos suspeitos; analisar dados sobre transmissibilidade e resposta vacinal; monitorar casos confirmados no país; avaliar estoques de vacinas e insumos; entre outros. A previsão de trabalho do espaço é de 15 dias, mas será desativado caso haja transmissão comunitária da nova cepa no Brasil — neste caso, o monitoramento torna-se rotineiro, como o das demais variantes. 

Diante da confirmação dos dois novos casos, Queiroga enfatizou que ainda não há “respostas científicas em relação à variante”, pois são poucos casos e o tempo é curto, mas disse que o ministério oferecerá uma “resposta eficiente”. O ministro também citou as recomendações da Anvisa sobre os voos e pontuou que essa é uma ação que exige uma “postura interministerial do governo”. 

Queiroga ainda garantiu que o governo federal está estudando os dados e ouvindo a opinião dos três ministérios coordenados pela Casa Civil.  

— É necessário que haja moderação, equilíbrio e tranquilidade para que as posições sejam apropriadas — disse o ministro. — O que não podemos é sair de uma situação libertária, de festas, de Réveillon, de Carnaval, para uma situação de fechamento total da nossa economia, porque as consequências nós já sabemos e não há motivos para isso — concluiu. 


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