Notícias



Desassoreamento 

Bicicleta, carrinho de supermercado e 135 pneus: o que foi retirado nos primeiros dias de dragagem do Arroio Dilúvio

Serviço, que havia sido interrompido em 2019, foi retomado em 28 de março

12/04/2022 - 12h14min

Atualizada em: 12/04/2022 - 12h15min


Tiago Bitencourt
Tiago Bitencourt
Enviar E-mail
Dmae / Divulgação
A previsão é de que o trabalho seja concluído em cinco anos

Montanhas de areia chamam a atenção de quem passa pela Avenida Ipiranga, próximo da Rua Salvador França e da Avenida Silva Só, em Porto Alegre. Há 15 dias foi retomada a dragagem do Arroio Dilúvio, o que não acontecia desde 2019. Ao todo, 135 pneus foram recolhidos desde 28 de março. Também foram retiradas 16 toneladas de sedimento.

Nesta terça-feira (12), o serviço continua no trecho da Avenida Ipiranga, junto da Rua Salvador França. Na segunda-feira, iniciou-se na região da Avenida Silva Só e da Avenida Princesa Isabel. 

O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Alexandre Garcia, afirma que, além dos pneus, foram retirados do Arroio Dilúvio carrinho de supermercado, bicicleta, sacolas e garrafas plásticas. Tudo, segundo ele, fruto de descarte irregular. 

— Todo esse lixo acumulado reduz a velocidade da água e em dias de chuva mais forte causa alagamentos — afirma Garcia. 

A previsão é de que o serviço de dragagem no Arroio Dilúvio ocorra pelos próximos cinco anos. Neste primeiro momento, o foco é nos pontos mais críticos, onde se formaram “ilhas”. 

— Iremos investir R$ 122 milhões. A ideia é melhorar o escoamento, fazer com que o sistema funcione na plenitude e diminuir alagamentos — explica. 

Os trabalhos vão ocorrer entre 8h e 16h. Já durante a noite e a madrugada, entre 20h e 6h, está autorizado o transporte do material recolhido, o que deve ocorrer toda a segunda-feira. Após ser retirado do Arroio Dilúvio, os itens recolhidos ficam acumulados na margem, para que fiquem secos e possam ser levado ao aterro.  

A dragagem envolve também os arroios Cascata, Mato Grande, Moinho, Taquara e Mem de Sá e reservatórios, além dos reservatórios para armazenamento temporário das águas das chuvas. A estimativa é de que no primeiro ano de contrato seja removido 250 mil metros cúbicos de resíduos. 

As últimas ações de desassoreamento do Arroio Dilúvio ocorreram em 2018 e 2019. O contrato com a empresa FF Maraskin foi encerrado unilateralmente devido à má prestação do serviço no final de 2020.  


MAIS SOBRE

Últimas Notícias