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Onda de infecções

Escolas da Capital e Região Metropolitana suspendem aulas em função de casos de covid-19

Secretaria Estadual da Educação afirma que casos são pontuais e que fechamento é momentâneo, para desinfecção dos ambientes

16/05/2022 - 09h27min

Atualizada em: 16/05/2022 - 09h28min


Tiago Boff
Tiago Boff
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Tadeu Vilani / Agencia RBS

Uma onda de casos positivos para covid-19 impacta a rede de ensino em variadas regiões do Rio Grande do Sul. Mesmo sem dados consolidados, a percepção de aumento nas contaminações é confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde e acompanhada com atenção pelo Piratini. A reportagem de GZH recebeu relatos de pais, professores e diretores preocupados com a situação em cidades de diferentes regiões do Estado. Em Porto Alegre, Canoas e Guaíba, escolas foram fechadas em função de surtos.

Uma semana sem aula em Guaíba

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Zilá Paiva Rodrigues Jardim, bairro Jardim dos Lagos, em Guaíba, está isolada desde a última terça-feira (10) para higienização dos ambientes. De acordo com a prefeitura, a disparada de casos foi confirmada na sexta (6) e até a próxima segunda-feira (16) não será permitido acesso às instalações. As aulas devem retornar na terça (17). Até lá, materiais impressos são oferecidos como reforço às turmas.

O surto afeta 20 servidores do colégio, entre professores e trabalhadores de outras áreas. Há, ainda, quatro alunos com coronavírus atestado, segundo a secretária da educação da cidade, Magda Ramos.

— Vimos que os casos começaram a aumentar e, junto com a vigilância sanitária, providenciamos o atendimento. Todos estão vacinados, por isso com sintomas leves, mas afastados — afirma.

Duas escolas foram fechadas em Canoas

No bairro Mathias Velho, em Canoas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental João Paulo I teve 21 casos confirmados entre os 1,2 mil alunos. Dos 52 professores, 19 também foram contaminados, e com o mesmo intuito – higienizar salas de aulas e peças administrativas -, a instituição teve de dispensar turmas e trabalhadores durante a semana, e reabrirá ao público na segunda-feira (16).

Nestes dias, o executivo diz ter enviado materiais de limpeza para a rede, e informou ter reiterado aos docentes a orientação de uso dos totens de álcool em gel, a fim de evitar a proliferação do vírus. O uso de máscara voltou a ser recomendado nas escolas do município.

Na cidade, é a segunda instituição a fechar por surto de coronavírus: no início do mês, foi a Escola Municipal de Ensino Infantil Ulysses Machado Filho, bairro Estância Velha. Por cinco dias, os cem alunos ficaram em casa, e nove professores adoeceram.

Oito turmas dispensadas em uma escola de Gravataí

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto Longoni, em Gravataí, passou por uma semana “atípica”, como definiu a direção. Das 34 turmas, oito foram dispensadas. O número de pessoas infectadas não foi divulgado, mas a informação de que haveria um surto não foi confirmada.  Com tal avaliação, não houve suspensão total das lições e dispensa de todas as equipes.   

Conforme a prefeitura, as aulas aos grupos dispensados serão recuperadas durante o ano letivo.

Porto Alegre também tem escola sem aula

A Secretaria Municipal da Educação da Capital afirma não haver determinação de evacuação para desinfecção dos colégios de responsabilidade do executivo. Mas na rede administrado pelo Estado, em Porto Alegre, há confirmação de surto e fechamento, como comprova o aviso enviado para o WhatsApp da assistente administrativo Caroline Ramos, 35 anos, mãe de uma aluna da Escola Estadual de Ensino Fundamental Maurício Sirotsky Sobrinho, no bairro Partenon:

“Devido a descoberta de mais de sete casos de Covid-19 na escola, entre confirmados e suspeitos, informamos que quinta-feira, 12/05/2022 e sexta-feira 13/05/2022, fecharemos a escola para desinfecção”.

— Me preocupa que algumas crianças ainda não têm nem a primeira dose. Pode ser esse o resultado de aumento de casos. Os meus filhos eu optei por vacinar, e os sintomas deles, se tiverem, devem ser mais de resfriado — pondera Caroline.

A redução nas atividades durante a pandemia, que deixou mais evidente a desigualdade entre o que é ensinado no público e no privado, afeta a filha de Caroline. Aos nove anos, Isabella está no quarto ano, iniciando a alfabetização, de acordo com a mãe.

 — Como alguns pais optaram por vacinar e outros não, se prolifera mais o vírus. Aí, as escolas começam a abrir e já tem que fechar novamente — complementa.

O governo do Estado sustenta que os casos são pontuais e que as escolas são esvaziadas e temporariamente fechadas para limpeza. Ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, a Secretária da Educação, Raquel Teixeira, diz analisar de perto os casos:

— Estamos acompanhando com preocupação e reforçando os protocolos sanitários. Está sim tendo um aumento nos casos de covid-19, mas nos preocupamos também com a perda de aprendizagem. 


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