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Alberi Neto: "Vida e tempo, ou vice-versa"

Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano

15/06/2022 - 15h45min

Atualizada em: 15/06/2022 - 15h52min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Agência RBS / Agência RBS
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Vez que outra, surge a oportunidade de tecer palavras mais tranquilas, sem a “pressão do fechamento”, como brincamos no jargão jornalístico. E escrever neste espaço é uma destas oportunidades. Gosto sempre de falar sobre duas coisas: o tempo e a vida. Parece bastante amplo, não? E é mesmo. Mas, me ocorreu ainda ao pensar no que tergiversar neste texto, de que tempo e vida são correlatos. “Como assim, correlatos?”, questiona o leitor que avança nestas linhas. Viver nada mais é que avançar no tempo. E tempo perdido também é vida perdida. 

Sendo assim, me ocorreu ainda outra ideia. O quanto de tempo (ou de vida, se preferir), perdemos tentando mudar algo que já aconteceu? Por repetidas vezes, passamos horas, dias, meses, quiçá anos, labutando no mais profundo subconsciente um eco que grita: “O que eu poderia ter feito de diferente?” E a resposta é nada. As linhas acima já foram traçadas, portanto, arrepender-se nada mais é do que uma doença sem cura. 

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Reflexão

Então, jamais devo me arrepender de qualquer coisa que fiz, mesmo as ruins? Não, bem longe disso. O que não deveríamos era fazer coisas ruins, não é mesmo? A ideia aqui é trazer outra proposta, um jeito floreado de dizer que não está se gastando tempo com arrependimentos. Na contramão da reflexão tardia, proponho que a gente passe mais tempo melhorando o presente. Arrepender-se por passado é inútil, melhor mudar o que vem adiante.

Pense que cada segundo, cada palavra que você, nobre leitor, avançou neste texto, não é mais seu, já passou. Sim, você avançou no tempo e perdeu vida, parafraseando o que escrevi no início. Mas, ao revés de arrepender-se, pense: “O que eu posso fazer agora para não repetir um ato passado que me incomodou, mas que melhore o meu futuro?” Essa é a proposta aqui. Remedeie-se do futuro com cavalares doses de presente. Porque o passado, como seu próprio nome já brada, passou.



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