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Coronavírus

Falta de doses de outros laboratórios faz Porto Alegre aplicar apenas Janssen como reforço em idosos

Vacinas da Pfizer e AstraZeneca estão com estoques baixos, e CoronaVac não tem indicação para ser usada na terceira ou na quarta aplicação

03/06/2022 - 09h18min

Atualizada em: 03/06/2022 - 09h20min


André Malinoski
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KAMIL KRZACZYNSKI / AFP
Vacina da Janssen tem sido usada na aplicação das doses de reforço em Porto Alegre

O município de Porto Alegre precisou reorganizar a vacinação contra a covid-19, especialmente na aplicação das doses de reforço, em função da falta de repasses dos imunizantes da Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou nesta quinta-feira (2) que tem recebido somente reposição da vacina da Janssen, por parte do governo estadual. 

Ainda segundo a SMS, o estoque da Pfizer é baixo, por isso, as doses disponíveis são aplicadas apenas em pessoas que têm indicação para este imunizante especificamente, como é o caso das gestantes, por exemplo. O município também possui apenas 400 doses em estoque da AstraZeneca. Já a CoronaVac está reservada para aplicação da segunda dose em crianças e não pode ser usada como reforço nos demais públicos, por orientação do Ministério da Saúde. 

O aposentado Brasílio Ricardo Cirilo da Silva, de 74 anos, recebeu junto com a esposa Lorena Medina da Silva, 75, a quarta dose de reforço contra a covid-19 em 3 de maio. A aplicação, com a vacina da Janssen, foi feita na Unidade de Saúde Santa Cecília, perto do Hospital de Clínicas.

 —  A gente tomou o que tinha na época. As duas primeiras foram da CoronaVac, enquanto a terceira foi a Pfizer. A quarta que recebemos foi a Janssen  —  compartilha. 

Em comunicado do dia 10 de maio, a SMS esclarece que a quarta dose contra a covid-19 pode ser realizada com Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, segundo disponibilidade, e também cita que os imunizantes foram aprovados pela  Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa), sem que nenhum fato grave fosse associado à vacinação até o momento.

Apesar de soar estranho para parte da população, a intercambialidade de vacinas é prevista pelo Ministério da Saúde, inclusive, podendo ser usado o imunizante da Janssen como reforço. A preferência, no entanto, é que seja usada a vacina da Pfizer. Na falta dela, os municípios podem aplicar a AstraZeneca e também o imunizante produzido pela Johnson & Johnson. 

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) alega que possui apenas doses da Janssen em estoque e que tem recebido do governo federal apenas doses da vacina da Johnson & Johnson e da AstraZeneca, e que ambas são repassadas para os municípios. A pasta afirma ter feito um pedido de 500 mil doses de Pfizer para o Ministério da Saúde na semana passada, mas que, até agora, não obteve resposta de quando receberá a remessa. 

A reportagem de GZH entrou em contato com o Ministério da Saúde sobre a situação, mas ainda não recebeu resposta.


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