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Primeiro dia com realocação de 15 linhas de ônibus no Centro tem passageiros surpresos e orientação de agentes da EPTC; veja mapa das paradas

Quinze linhas foram deslocadas para outros pontos devido a obras do Quadrilátero Central

11/07/2022 - 21h09min


André Malinoski
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Alguns passageiros de ônibus que partiam da Praça Parobé, entre a Avenida Júlio de Castilhos e a Rua Voluntários da Pátria, no Centro Histórico de Porto Alegre, foram surpreendidos com paradas fechadas nesta segunda-feira (11). O motivo é que as 15 linhas desse trecho foram remanejadas para outros terminais em função das obras do Quadrilátero Central, conforme informado na semana passada pela prefeitura, mas eles não sabiam da mudança.

— Não estava sabendo que as linhas trocaram de lugar. Tenho horário para entrar no meu serviço às 13h30min, e ainda vou ter de procurar onde está o ônibus agora — reclamava Izabel Victória, que estava acompanhada da prima Mara Regina dos Santos Barroso.

Em torno das 13h, o terminal da Praça Parobé estava sinalizado com fitas. Três agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) auxiliavam as pessoas, que queriam informações sobre os ônibus e pediam a instalação de placas explicativas também.

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 — Os passageiros estão pedindo muitas informações para nós — confirmou o agente Gilson Marins, perto da esquina com a Júlio de Castilhos.

Alguns chegavam e, apesar da sinalização com as fitas, ficavam aguardando o transporte coletivo. Alertados da mudança, mostravam surpresa.

 — Não estava sabendo de nada, agora que cheguei na parada. Vou buscar o ônibus em outro lugar — afirmou Jorge Ávila dos Santos, que esperava pela linha Bom Jesus.

A situação era semelhante para Eloá Alves da Silva, que queria pegar a mesma linha para descer no Hospital de Clínicas.

 — Não sabia que tinha mudado — disse.

O trecho da Praça Parobé entre a Júlio de Castilhos e a Voluntários da Pátria está fechado para a circulação dos ônibus, mas demais veículos podem circular por ali. O bloqueio ocorreu devido ao itinerário dessas linhas, que entravam na Voluntários da Pátria para deixar o Centro. A previsão da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) é de que as linhas fiquem deslocadas por um período de 70 a 90 dias.

Bloqueios do Dmae

A Rua General Vitorino está com trecho totalmente bloqueado, entre a Rua Vigário José Inácio e a Rua Dr. Flores, para obras do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Cavaletes impedem a circulação de veículos. Na tarde quente desta segunda, dois caminhões do Dmae estavam estacionados no trecho. Alguns operários cortavam o asfalto com uma máquina.

 — Vamos trocar a rede de água, que é da década de 1970. Ela é de ferro e já apresenta a vida útil no limite — explica o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia.

Segundo Garcia, será realizado o assentamento das novas redes em polietileno de alta densidade (Pead).

 — Vamos abrir o buraco e colocar cano debaixo da terra. Depois passa ligando nas casas, e, após lavar a rede, liga a rede nova nas casas e desliga a antiga — esclarece, estimando concluir as obras desse trecho em 40 dias.

Todas as obras que estão sendo desenvolvidas pelo Dmae no Quadrilátero Central têm investimento de R$ 2,8 milhões, com recursos próprios do município, e beneficiarão cerca de 25 mil moradores da área central. O prazo de execução se estende até abril de 2023.

O secretário André Flores, da Smoi, explicou que, após as intervenções do Dmae, será colocado o pavimento temporário, que se chama de concreto magro. Em seguida, a Smoi realizará a obra definitiva.

 — As obras estão andando bem dentro do cronograma. Tivemos o problema do excesso de chuvas, que atrapalha a execução da obra. Junho foi muito chuvoso, enfrentamos dificuldades no início, mas está tudo dentro do esperado — conclui. 

 As obras do primeiro trecho do Quadrilátero Central começaram em 13 de junho. Nessa etapa, foram realizados serviços como escavação e remoção de solo, retirada de meio-fio e de paralelepípedos, instalação de rede elétrica provisória e colocação de novos contêineres, entre outros. 

 Com R$ 16 milhões em recursos do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o projeto promete melhorar a área. A ideia é ampliar faixas de pedestres, reduzir barreiras de acessibilidade, restaurar o calçamento histórico e renovar a pavimentação, além de reformular o mobiliário urbano e padronizar bancas de vendedores. Também estão previstas a modernização da iluminação pública e a instalação de câmeras. 


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