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Adolescente que sonha em ser meteorologista ganha visita surpresa de Cléo Kuhn e pede para ser o seu substituto

Profissional interrompeu entrevista e ganhou um abraço do fã, ao vivo na Rádio Gaúcha 

26/08/2022 - 08h37min


Tiago Boff
Tiago Boff
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Lauro Alves / Agencia RBS

Luiz Gustavo Bertizzolo Silvestrin, 16 anos, sempre teve medo de temporais. Chuva forte que acaba em granizo, vendaval ou qualquer mudança no tempo gera imensa ansiedade — a tal ponto que uma estratégia foi criada: o garoto passou a estudar a previsão, diariamente.  

— Eu pesquiso no YouTube, assisto nos jornais e, principalmente, escuto a rádio — lista o aspirante a pesquisador.  

A inspiração para seguir uma carreira em busca de prognósticos e leitura de mapas captados pelos satélites é o comunicador da Rádio Gaúcha Cléo Kuhn. 

— Eu gosto do jeito que ele explica — diz, complementando em seguida a pergunta do repórter sobre como se comportaria o tempo na quinta-feira (25): 

— Acordei muito cedo, não tive tempo de pesquisar ainda. Mas o Cléo falou em calor. 

Nesta mesma manhã, enquanto falava para os ouvintes sobre o seu gosto peculiar — levando em conta os desejos mais comuns para a faixa etária —, Luiz Gustavo foi surpreendido. Teve a entrevista interrompida pelo homem do tempo da Gaúcha, e pôde conversar com o ídolo pela primeira vez. 

— Ouvi tu dizer que gosta de Geografia. Precisa estudar mais Física e Matemática, viu? — aconselhou de imediato o profissional. 

Logo que enxergou o meteorologista, o estudante saiu a seu encontro. Após um aperto de mãos, os dois se abraçaram, com admiração evidente expressa no sorriso e no olhar do fã. 

— Deixa eu ser teu substituto. Com muita honra, só ter uma vaga — pediu Luiz Gustavo, garantindo, ao vivo, que o próximo passo será encaminhar a confecção da carteira de trabalho. 

A surpresa foi organizada junto ao pai do estudante, o gestor de manutenção Joel Silvestrin. Ele afirma ter escondido do filho que haveria a participação do comunicador durante o bate-papo. 

— Ele é muito ligado, me perguntou por que a gente precisava ir até uma praça fazer a entrevista, e eu disse que foi um pedido da equipe de reportagem — argumentou, a caminho do ponto na zona leste da Capital. 

Espia o Diário Gaúcho desde os três anos de idade 

Segundo o pai, Luiz Gustavo se interessa pelos comunicadores desde cedo. Quando tinha apenas três anos, o menino já folheava o Diário Gaúcho atrás de fotos de Antônio Carlos Macedo, então colunista do periódico, e de outros jornalistas da área esportiva, como Cacalo, Guerrinha e Pedro Ernesto Denardin. O Sala de Redação é citado pela família como outro horário favorito — e o adolescente, por dentro das notícias do esporte, descreve os debates em detalhes.

Luiz Gustavo está no segundo ano do Ensino Médio e diz que, na escola, sua predileção é muito diferente das dos demais alunos. Os colegas vislumbram Engenharia, Medicina ou Arquitetura, enquanto ele quer cursar Meteorologia, mesmo que tenha de deixar Porto Alegre para viver no centro ou sul do Estado - assim como Cléo, formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), na turma de 1982. 

— Não trabalho necessariamente para inspirar as pessoas, mas a gente sabe que muita gente acaba seguindo. Tem que estudar muito — alerta o profissional, graduado há 40 anos. 

O caminho de sucessão poderá ser aberto em breve, segundo o meteorologista. 

— Eu já tô com 64 (anos), daqui a pouco eu penduro as chuteiras — prevê Cléo Kuhn, não sem risco de uma virada no tempo.  

Confira a entrevista que terminou com a visita surpresa do meteorologista: 



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