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Policiais são réus

Protesto em Guaíba marca um mês da morte do jovem Gabriel e pede apuração sobre ocultação de cadáver

Jovem de 18 anos nasceu e morou durante toda a vida na cidade da Região Metropolitana

12/09/2022 - 09h03min

Atualizada em: 12/09/2022 - 09h03min


GZH
Vitor Rosa / Agencia RBS
Grupo partiu em caminhada da frente da prefeitura de Guaíba

Amigos e familiares de Gabriel Marques Cavalheiro realizaram neste domingo (11) um protesto em Guaíba para marcar um mês da morte do jovem de 18 anos. O rapaz desapareceu na madrugada de 13 de agosto, após abordagem policial em São Gabriel, e teve seu corpo encontrado dentro de um açude uma semana depois. Apesar de estar na cidade da Fronteira Oeste na ocasião, Gabriel nasceu e morou durante toda a vida na cidade da Região Metropolitana.

Empunhando cartazes pedindo justiça para Gabriel, o grupo partiu da frente da prefeitura de Guaíba, por volta das 16h, e caminhou até a frente do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) Centro-Sul, também no município. A principal reivindicação era pela investigação sobre quem escondeu o corpo do jovem, como escondeu e se há participação de mais pessoas no crime além dos três policiais militares (PMs) presos.

As investigações já foram concluídas. A Justiça aceitou denúncia na última terça-feira (6) contra o segundo-sargento Arleu Júnior Cardoso Jacobsen e os soldados Cléber Renato Ramos de Lima e Raul Veras Pedroso, por homicídio triplamente qualificado, motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Eles também respondem pelos crimes militares de ocultação de cadáver e falsidade ideológica. O trio está detido preventivamente no Presídio Militar de Porto Alegre.

No entendimento da acusação, Gabriel foi espancado durante a abordagem porque teria se dirigido a um dos PMs chamando-o de “fraco” e porque o jovem estava embriagado. O rapaz estava em São Gabriel para se apresentar para prestar serviço militar.


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