Papo Reto
Manoel Soares e o orgulho de votar neste domingo
Colunista escreve para o Diário Gaúcho aos sábados
Neste domingo temos um encontro com nosso futuro. Os duelos de ideias nos últimos tempos migraram para disputas que vão além de política. Particularmente, vejo essas situações como efeito colateral de uma maior compreensão da galera sobre o que é política. As crenças e convicções de uma pessoa dizem muito sobre ela, e quando escolhemos quem vai estar próximo a nós, a forma como essa pessoa vê o mundo nos afeta. Precisa existir um meio-termo, porque ficar perto de quem só pensa da mesma forma é conversar com o espelho, nem sempre rende um processo de evolução.
Por outro lado, quando a relação vai para um campo de batalha permanente, a convivência fica cansativa. Respeito mútuo é a chave, como dizia Sabotage, mas não somente o respeito às opiniões, mas o respeito à vida, aos sonhos, às lutas e a todas as formas de viver e amar.
Quando você apertar o verde na urna, vai estar depositando sua contribuição no mundo que seus filhos e netos vão viver. Não dá para banalizar esse momento, ele é individual e intransferível, é a forma que temos de dizer no que acreditamos para pessoas que geralmente não nos ouvem.
Muita gente morreu e sofreu para que eu e você pudéssemos expressar nossa opinião nas urnas, então não vale a pena desperdiçarmos esse direito conquistado. Você precisa votar tendo em mente não uma disputa de opiniões e brigas de família, mas tendo em mente o que realmente fará a diferença na sua vida e na vida das pessoas parecidas com você.
Minha dica é responder à seguinte pergunta: daqui a quatro anos, terei orgulho do meu voto? Depois de responder, aperte o verde.