Região Metropolitana
Após final de semana sem água em Sapucaia do Sul, Corsan prevê retorno do abastecimento até a próxima madrugada
Problema foi causado pelo rompimento de uma adutora que passa sob os trilhos do Trensurb
Com relatos de falta de água desde a noite de sexta-feira (27), moradores de Sapucaia do Sul arrumam alternativas para fazer coisas básicas da rotina, como tomar banho e cozinhar. O rompimento de uma adutora que passa sob os trilhos do Trensurb, na Avenida Mauá, deixou oito bairros sem abastecimento: Piratini, Freitas, Silva, Cohab Casas, Cohab Blocos, São José, Anchieta e Loteamento Encosta da Floresta.
Na manhã desta segunda-feira (30), homens trabalhavam no local, cercados pela população que buscava respostas. Segundo a Corsan, em função da complexidade do serviço e da necessidade de transporte de peças de outras unidades da companhia, o conserto deve estar concluído no fim da tarde desta segunda-feira. Com isso, o abastecimento deve ser normalizado gradualmente até a madrugada da terça.
Ainda nesta manhã, de cima do viaduto da Vargas, o aposentado Lindomar da Rosa, 66 anos, observava os trabalhos.
— Estou buscando água de um poço artesiano do vizinho. Não deu para tomar banho todos os dias — conta o morador do bairro Piratini.
Ao lado dele, o pedreiro Rogério Cunha, 56, também espiava o serviço na torcida pelo retorno da água.
— Sem água não tem nem como fazer a massa — explica.
Trabalhando ao longo do fim de semana, as equipes da Corsan precisaram construir uma nova rede na mesma galeria, numa extensão de 42 metros. A causa do rompimento da adutora de 350 milímetros não está esclarecida, mas a proximidade com os trilhos é apontada como fator que aumenta a complexidade do trabalho, segundo a companhia.
Caminhões-pipa ajudam
Para minimizar o impacto da falta de água, a Corsan acionou o serviço de apoio com caminhão-pipa. Foram oito veículos contratados. Nesta segunda-feira, um caminhão de 40 mil litros atendia a comunidade do bairro Cohab Casas, enquanto outro, de 20 mil litros, era abastecido para ir a outro ponto da cidade.
Na fila para conseguir encher baldes e garrafas plásticas, a dona de casa Ivete de Vargas, 65, comentava o maior desafio em casa.
— O banheiro é o pior. Usávamos o que tinha de água da máquina de lavar, mas agora já acabou — diz a moradora.
No bairro São José, a família do aposentado Vilson Pereira da Silva, 58, retira água de balde da piscina para usar nos banheiros.
— Pegamos a água daqui da casa do meu genro e levamos. Para beber, estamos comprando — salienta.
Acompanhando a circulação dos caminhões-pipa nos últimos dias, agentes da Defesa Civil do município abordam pedestres e motoristas oferecendo água e ajudando com orientações. Eles explicam que os pontos de parada podem ser consultados no site da prefeitura de Sapucaia do Sul e no perfil no Facebook. Os veículos seguirão pelas áreas afetadas ao longo do dia.
Para mais informações, a Corsan orienta a acessar os canais de relacionamento pelo telefone 0800.646.6444, app e site corsan.com.br.