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Paratleta pede apoio para seguir treinando

Carro usado pela família da adolescente precisa de um conserto avaliado em R$ 3 mil

16/02/2023 - 16h41min

Atualizada em: 17/02/2023 - 15h56min


Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Sonho da nadadora é disputar as Paralimpíadas de 2028, nos Estados Unidos

Com treinos em três locais diferentes ao longo da semana, a paranadadora Lauryen da Costa, 13 anos, busca ajuda para consertar o carro usado em seus deslocamentos junto à família. O veículo, um Vectra ano 1999, precisa de um conserto no motor, avaliado em R$ 3 mil, para voltar à ativa. 

– Até agora, juntamos apenas R$ 200 e não temos como conseguir o resto. Só que o carro é essencial porque ela treina, em dias alternados, no Sesc e na Universidade La Salle, em Canoas, e também em um clube de Porto Alegre. Além disso, tem a escola e a academia – explica Claudia da Costa, 42 anos, mãe de Lauryen. 

A menina não tem patrocínios e, apesar de os treinamentos serem gratuitos, todos os custos para viabilizá-los saem do bolso da família, que mora no bairro Mathias Velho, em Canoas. A renda deles vem do pai da adolescente, que é autônomo, e de um benefício que recebem do governo.  

Inclusão social 

Atualmente, Claudia se dedica integralmente a cuidar e acompanhar a filha em suas jornadas esportivas. E considera que a natação é fundamental na vida da adolescente. 

– Minha filha tem uma deficiência intelectual e nunca teve amigos. Foi no esporte que ela fez os primeiros, porque encontrou pessoas que têm os mesmos medos e dificuldades que ela – observa. 

Lauryen concorda com a mãe e diz que as amizades vindas de dentro das piscinas são muito importantes. Porém, ressalta que o esporte tem um significado maior.  

– Sou apaixonada pela natação. É muito importante para o meu desenvolvimento e eu espero poder ir além no futuro – pontua a paratleta. 

Sonho com as Paralimpíadas de 2028

Citado por Lauryen, o futuro, no que depender dela e da família, está muito bem planejado. O objetivo é que ela faça parte da equipe de natação das Paralímpiadas de 2028, que serão realizadas em Los Angeles, nos Estados Unidos. 

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– A técnica dela disse que ela tem condições e pode conseguir. E o pai dela se emociona só de falar no assunto – conta Claudia. 

Enquanto as medalhas paralímpicas ainda são um sonho, outras tantas são realidade. Entre as conquistas: ouro, prata e bronze no Campeonato da Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI) e nas Paralimpíadas Escolares de 2022. 

Transformação por meio do esporte

Foi no 1º ano da escola que uma professora alertou Claudia sobre o comportamento de Lauryen. A mãe já havia percebido dificuldades motoras e de socialização na filha, mas nunca tinha buscado atendimento especializado. 

– Quando bateram o martelo de que ela tinha uma deficiência intelectual, eu sofri muito. Entrei em luto. Até um dia em que a professora de educação física dela me chamou – relembra. 

Dessa vez, porém, a escola não trazia um alerta. E, sim, um convite para participar de um evento esportivo voltado a crianças com deficiência. O aceite transformou a vida de Lauryen: 

– No dia do evento, ela entrou na piscina e a professora do projeto Associação Esporte+ convidou ela para participar. Nunca mais ela saiu (da natação).

Como ajudar

/// A família aceita doações via Pix. A chave é (CPF) 97423653004. 

Produção: Guilherme Jacques



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