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Pedem reajuste

Escolas da rede municipal de Guaíba são afetadas por paralisação de professores

Segundo estimativa do sindicato, 98% dos 850 professores municipais aderiram à greve

16/03/2023 - 16h32min


Yasmin Luz
Yasmin Luz
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Mateus Bruxel / Agencia RBS
A greve é por tempo indeterminado e algumas escolas estão funcionando por conta dos professores contratados

A nova paralisação dos professores de Guaíba, na Região Metropolitana, afeta pelo menos 90% dos dez mil alunos da rede municipal. A estimativa é do Sindicato dos Professores Municipais da cidade. A prefeitura não cita dados, mas confirma que todas as escolas da rede municipal são afetadas em algum grau.  

Por volta das 9h30, quase cem professores fizeram uma vigília em frente a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Santa Rita de Cássia, no bairro Santa Rita. Eles estavam com apitos e camisetas pretas. Além disso, cartazes e balões pretos foram pendurados na entrada da escola.

Conforme a presidente do Sindicato Rosangela Heim, a greve é por tempo indeterminado e algumas escolas estão funcionando por conta dos professores contratados.

— Em alguns lugares, tem aula para uma turma. Em outros, pra três ou quatro. Dos professores nomeados, 98% aderiram a greve — afirma.

Na semana passada, os servidores ficaram paralisados por três dias: de quarta a sexta-feira. Na última sexta (10), uma reunião com a prefeitura terminou sem acordo já que a proposta apresentada pelo executivo foi rejeitada: aumento de 5,6% no salário integral dos servidores e do vale-alimentação. Os professores querem um reajuste 14,95% já no mês de março e acréscimo de R$300 no vale-alimentação.

— Eu saí decepcionada da reunião. Tenho 29 anos de magistério e nunca vi a categoria tão revoltada. Não conseguimos mais suportar o descaso do executivo — argumenta Rosangela.

A reportagem de GZH circulou na manhã desta quarta-feira (15) por outras cinco das 30 escolas municipais. Na escola Rio Grande do Sul, no bairro Colina, as aulas foram afetadas. De acordo com a vice-diretora Marilane Papke, no turno da manhã, apenas duas turmas estavam em sala de aula.

— Todo restante do turno da manhã eram professores nomeados. A tarde, serão atendidas uma turma dos anos iniciais e duas da educação infantil. Nenhum dos anos finais — explica.

No mesmo bairro, a escola Amadeu Bolognesi, também estava com o pátio vazio: só uma turma teve atividades. Na EMEF São Francisco de Assis, no bairro Moradas da Colina, a paralisação também era parcial e aulas aconteceram somente com professores nomeados. A situação se repete na EMEF Inácio de Quadros, bairro Coronel Nassuca. Já na EMEF Darcy Berbigier, bairro Alvorada, também houve aula pela manhã em apenas uma turma. 

Procurada, a Prefeitura de Guaíba informou que uma reunião com o sindicato está marcada para a quinta-feira (16) às 11h.


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