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Michele Pradella: "Sempre alerta para a inclusão"

Todas as quartas-feiras, jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano

29/03/2023 - 09h00min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Agência RBS / Agência RBS
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No último sábado, fui convidada a participar de uma roda de conversa no Congresso Regional Escoteiro, cujo tema era inclusão de pessoas com deficiência. Nos últimos anos, o Movimento Escoteiro tem se preocupado com a inserção de PCDs nas atividades, além de capacitar jovens de 15 a 21 anos, para tratar com seus colegas sobre o assunto. A ideia é que o escotismo seja, cada vez mais, adaptável para a inclusão de todos. 

Conversar sobre o assunto com líderes do movimento foi uma forma de abordar temas fundamentais como inclusão, preconceito, acessibilidade e capacitismo. Contei um pouquinho da minha vivência naqueles 40 minutos de conversa. Porque, em assuntos como esse, é preciso falar, questionar e esclarecer. 

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Tá, mas o que isso tem a ver com você, caro leitor? Contei essa história para mostrar que sempre é possível promover mudanças significativas no que diz respeito à inclusão e à acessibilidade. Porque crianças e jovens, que em outros tempos seriam segregados, afastados do convívio social por não estarem dentro dos padrões de normalidade impostos, hoje em dia podem ocupar todos os espaços, desde que os espaços estejam preparados para eles. É possível ser escoteiro, estudar, ingressar no mercado de trabalho, ser cidadão ativo e atuante em todas as áreas. Mas, infelizmente, pessoas com deficiência esbarram em barreiras arquitetônicas, no capacitismo de quem os acha inaptos para determinada atividade, no preconceito do empregador que não abre sua empresa para PCDs, na passividade do poder público que não executa obras pensando na população como um todo. 

Não somos poucos: 17,2 milhões de pessoas, segundo o IBGE, vivem com algum tipo de deficiência. Vivem, mas não convivem com uma sociedade que ainda está longe de ser inclusiva. 

Que o Movimento Escoteiro e outras ações como essa sirvam de bons exemplos de como é possível abrir as portas para todo mundo, sem distinções.



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