O prefeito Sebastião Melo anunciou nesta terça-feira (21) que vai decretar situação de emergência em razão da enchente que atinge a Capital. Com o decreto, que será publicado no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), as contratações necessárias para minimizar o impacto da cheia do Guaíba à população tornam-se mais simples.

— Todos os esforços estão mobilizados para ampliar o acolhimento e oferecer infraestrutura para as pessoas. O nosso foco é cuidar dos porto-alegrenses. Estamos trabalhando firme para que a cidade funcione durante este desafio climático que estamos vivendo — declarou Melo. 

De acordo com o prefeito, as equipes da prefeitura seguem mobilizadas na assistência às famílias afetadas pelo avanço das águas, que atingiu cota de 3m46cm no Cais Mauá nesta terça pela manhã. Ao menos 134 pessoas foram acolhidas na rede provisória da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) - que, além de operar no Ginásio do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), passou a atender também na sede do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM). 

A situação do 4º Distrito, que apresenta diversos pontos de alagamento e teve o quadro agravado após falha na comporta de número 13 do Cais Mauá, também preocupa. A orientação é de que a população minimize os deslocamentos na região até o recuo do Guaíba.

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realizou, durante a madrugada, diversas manobras no portão 13 do Cais Mauá. A chapa de aço da estrutura, uma das sete que permanecem sempre fechadas, foi danificada com a força da água. O problema fez com que uma casa de bombas precisasse ser desativada, prejudicando o escoamento na avenida Voluntários da Pátria. A Estação de Tratamento de Água (ETA) Ilhas também permanece inoperante.

Segundo a Defesa Civil Municipal, cerca de 920 pessoas foram removidas das suas casas, sendo a maior parte dos atendimentos no bairro Arquipélago.