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Eterna vigilante 

Você é vigilante das redes sociais do amado? Confira dicas para o hábito não atrapalhar a relação

Conheça a história da comerciária Méri Elen Cavalheiro, uma vigilante assumida

28/10/2016 - 11h02min

Atualizada em: 28/10/2016 - 11h10min


Karina Chaves
Karina Chaves
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Antigamente, a mulherada ciumenta tinha a mania de vasculhar bolsos, carteiras e paletós. Na hora de lavar a roupa, dava mais uma investigada para ver se não tinha bilhetinhos, um perfume diferente ou até marcas de batom. Agora, as redes sociais viraram mais um motivo de desconfiança. Algumas exigem até a senha do celular e dos perfis dos companheiros na internet. Como a comerciária Méri Elen Cavalheiro, 29 anos, do Bairro Jari, em Viamão, casada há quase uma década com o motorista Leandro Vargas, 40.

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No início, ela não chegava nem perto do celular do marido. É que ele não permitia.

– Isso me deixava brava e comecei a fiscalizar – diz Méri.

Um dia, Leandro esqueceu o telefone em casa. E a amada não se aguentou.

– Tinha mensagens das ex. Fiquei muito furiosa! A gente brigou feio. O relacionamento balançou – lembra ela, que teve, então, uma conversa séria com o marido:

– Ou me dá a senha, ou a gente acaba. Leandro se rendeu.

– Não tenho nada para esconder. Por isso, não vi problema nisso – explica ele, enquanto Méri se justifica:

– Acho que eu não invado a privacidade. Isso de eu ter as senhas faz parte da confiança que ele tem em mim.

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Como a comerciária, fica o tempo todo com o celular conectado para atender clientes, despachar pedidos e resolver problemas, se Leandro está on-line em uma rede social, ela faz questão de dar um "oi" pro marido.

– E, se as mulheres deixam algum recado para ele, eu vou lá e comento – admite. A preocupação aumenta nas horas de folga de Leandro, quando ele trabalha em uma rádio comunitária.

– Faço a ponte com os ouvintes. Eu converso primeiro com quem quer dar o recado no ar, e, aí, passo o telefone para o locutor – conta ele, que, por isso, acaba recebendo muitas mensagens das ouvintes.

– Agora, ele deu para mentir (risos). Apaga as mensagens e exclui as conversas. Diz que é por conta da memória do celular... Acha que sou boba! – retruca Méri, que não deixa por menos nas redes sociais do marido:

– Teve uma que deixou um beijo pra ele no Facebook. Eu mandei outro para ela, para que ficasse claro que ele é casado, e eu sou a esposa.

Dá um tempo

No início deste ano, Leandro foi viajar com os amigos e ficou com o telefone desligado o dia inteiro. O carregador tinha dado problema, mas Méri estranhou, claro. Até a filha de seis anos do casal, Manoela, já chamou a atenção da mãe para "pegar mais leve com o papai".

– Quando a gente vai sair, ela olha para mim e fala: Vamos deixar o telefone em casa, mãe? – revela Méri.

Mas toda essa vigilância não tira a harmonia dos dois que se dão muito bem. Aliás, a comerciária admira a atitude do marido, que é oposta à sua:

– Eu tiro o chapéu, porque ele não mexe no meu telefone.

Mesmo que ela não se disponha a mudar:

– Tem um ditado que diz que "quem procura acha". E eu já achei muito. Por isso, fuço mesmo e vou continuar procurando sempre.

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Preserve seu amor

Professora do curso de Psicologia da Uniritter, Francielli Galli alerta que nem sempre ter a senha on-line dele é garantia de fidelidade. E faz um alerta à mulherada muito ciumenta:

– É importante que cada um tenha a sua privacidade, o que não significa esconder algo da outra pessoa. Aliás, a privacidade pode ser um dos ingredientes principais para a harmonia e longevidade do seu romance.

– Quanto mais cada um colocar a sua identidade na relação, e esta for preservada, mais o relacionamento vai ser saudável e duradouro – orienta a especialista.



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