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Namorado-problema: fuja, enquanto é tempo!

Pequenos sinais podem ser sintomas de um problema grave: o ciúme excessivo

21/06/2014 - 10h01min

Atualizada em: 21/06/2014 - 10h01min


PAULO BELOTE / TV Globo
Novela Em Família retrata um drama real: o ciúme excessivo e os namorados-problema

Uma eventual ceninha de ciúme, um pedido para colocar uma roupa menos decotada ou para não sair com as amigas. Pequenos sinais que podem até parecer preocupação ou insegurança são, na verdade, os indícios de um namorado-problema.

Que o digam Helena (Julia Lemmertz) e Luiza (Bruna Marquezine), que passaram por situações semelhantes com o mesmo homem, Laerte (Gabriel Braga Nunes), na novela Em Família. Lindas mulheres e uma psicóloga falam a Retratos da Fama como o ciúme pode ser prejudicial para a relação.

Se Luiza tivesse ouvido os conselhos dos pais, Helena e Virgílio, e da avó Chica (Natália do Vale), talvez, Laerte não protagonizasse mais uma da cena de violência. Na segunda fase da novela, motivado pelo ciúme que ele sentia por Helena, o flautista tentou matar Virgílio, enterrando-o vivo. Agora, o músico vai repetir a vilania mas o seu alvo é André (Bruno Gissoni).

Em cenas que devem ir ao ar na semana que vem, depois de ver a noiva dançando com o ex, Laerte provoca o rapaz, que acaba pendurado num vão muito alto. O músico sai sem olhar pra trás, e André só é salvo com a ajuda de Pedro Paulo (Eduardo Galvão).

Ao descobrir que Laerte foi o responsável pelo acidente, Luiza repreende o noivo, mas acaba perdoando-o.

Para a psicóloga especialista em terapia de casal e família e professora da Unisinos Clarisse Mosmann, relevar uma situação como estas acaba alimentando o ciúme do outro:
- Quanto mais cede, mais o parceiro vai avançando. Quem abre mão das coisas está se colocando à disposição.

Prova de amor?
Nos capítulos recentes da novela, Luiza também teve o seu ataque de ciúme ao saber que o amado esteve com Shirley (Vivianne Pasmanter). Isso que ela nem ficou sabendo que os dois se beijaram...

Depois de concordar com o pedido de tempo no noivado, Laerte arrependeu-se e foi atrás da noiva: tentou invadir a sala onde ela estava tendo aula na faculdade.

Aconselhado por Alice (Erika Januza), ele desistiu, mas, quando a prima contou para Luiza a atitude do noivo, a estudante teve uma reação inesperada: viu como prova de amor.

- Ninguém tem um namorado com ciúme patológico sozinha. As pessoas tendem a ver só um lado: ele é que é muito ciumento. Mas uma pessoa que não dá limite colabora para a situação - pondera Clarisse.

Limite é a base
Para a psicóloga, no início do namoro, é normal um não enxergar o ciúme exagerado do outro. E o ciumento pode ser tanto o homem quanto a mulher:

-  A questão é que não se coloca limite. Se acha normal no início e, quando se dá conta que é um problema, passou do saudável.

Os sinais vão desde pedidos a não ir a lugares, não usar roupas curtas a abandonar um emprego. 

- O limite é quando um começa a cercear a liberdade do outro - adverte.

Tati se identifica com a novela


- Nossa, eu olho Em Família e parece que tô vendo a minha vida ali - comenta Tatiana Portella, vocalista da banda gaúcha Chimarruts.

Para Tati, quem é artista sofre ainda mais com o ciúme, porque está muito exposto, no centro das atenções.

- Daqui a pouco, o cara acha que todo mundo está dando em cima de ti - justifica a loirinha.

Solteira, Tati acha que o ciúme na dose exata até pode funcionar como tempero na relação. Mas o caldo pode entornar.

- Quando a desconfiança vira perseguição, não dá. O ciúme não pode deixar o outro refém, tem que colocar um limite para que não tome conta. E é difícil - desabafa a cantora.

"Não deixo se criar"



E as mulheres que participam de concursos de beleza e despertam a curiosidade masculina? Como lidam com o ciúme do parceiro? A Miss Rio Grande do Sul 2014, Marina Helms, diz que não deixa tomar conta da relação.

Já tive um namorado assim. Mas não não deixo se criar. Se percebo que é muito ciumento, corto pela raiz - ensina ela.

Há dois meses, Marina namora o empresário Bruno Udovic. Como ele mora em São Paulo, e ela, aqui, o ciúme poderia ser natural, mas a beldade dá uma dica:

- Ele não é ciumento em questão de roupa e fotos, mas eu também não dou motivo.

Da posse à agressão



Um dos casos de maior repercussão entre os famosos foi o rompimento do noivado dos atores Luana Piovani e Dado Dolabella, em 2008. O ciúme teria sido o motivo para o fim da relação. Na época, a atriz denunciou o amado à polícia por agressão após uma discussão sobre o figurino que Luana usava em uma peça: a blusa era transparente e exibia os seios da loira. O caso foi parar também na Justiça. Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de Dado por violência doméstica. A pena, de nove meses, está prescrita por causa do tempo transcorrido entre o fato e a sentença.

- O relacionamento não pode ser um problema na vida das pessoas. Essa agressividade não é algo que diminui, mas cresce com tempo - explica a psicóloga Clarisse. 

Teu passado te condena
A teoria de Clarisse tem razão: antes de namorar Luana, Dado teria puxado os cabelos de Wanessa Camargo, sua namorada na época, numa festa na casa de Luciano Huck. E, na semana passada, foi condenado pela Justiça do Rio por injúria e dano qualificado. A ação era movida pela ex-mulher Viviane Sarahyba, que o acusa de tê-la ofendido verbalmente e ter danificado o carro dela, riscando insultos na lataria do automóvel.


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