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Tem um trocado aí?

Acústicos & Valvulados lançam "Meio Doido e Vagabundo"

Com bom humor e peso, banda aposta na "estética do rock mendigo" com novo álbum

29/07/2014 - 08h01min

Atualizada em: 29/07/2014 - 08h01min


Gustavo Brigatti
Gustavo Brigatti
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Doni Maciel / Divulgação

Expulso das rádios e da TV, relegado pelas gravadoras e esnobado pelas novas gerações, o rock não vive seus melhores dias. Mesmo assim, com o pouco de orgulho que lhe resta, pegou a guitarra e saiu à luta para provar que ainda tem algo a dizer. Meio Doido e Vagabundo - O Fino do Rock Mendigo pode ser entendido como uma carta de intenções dos Acústicos & Valvulados para este momento.

Rafael Malenotti, vocalista e guitarrista, explica que não há nada de errado na mendicância. Pelo contrário:

- Ser mendigo é brigar pelo que é seu sem seguir regras, sem dar satisfação, mas contando com uma forcinha dos amigos. Por isso, fundamos nossa produtora, passamos a agendar os nossos shows, a gerenciar a nossa carreira. E, quando a gente toca no rádio, é porque alguém lá gosta da gente (risos).



Sétimo trabalho de estúdio da banda, Meio Doido... ignora tudo o que foi feito nos últimos anos (décadas?) e vai buscar o rock’n’roll da velha escola, aquele de Chuck Berry e Rolling Stones, cru e despretensioso, rebelde e moleque. O recado está na letra de Sarjeta: "Eu quero a sarjeta, eu quero a sacanagem, eu quero a boemia, a vigarice e a chinelagem. Todo mundo sabe que o resto é bobagem".

Outro bom momento, Chalaça Total tem um certo espírito bucaneiro, que o ouvinte de A&V degusta com a alegria de quem encontra aquele restinho de bebida já quase grudando no fundo da garrafa. Tia Rita homenageia Rita Lee ("Deixa a Tia Rita falar!", pedem) e Fogo e Gasolina pode ser entendida como uma canção, digamos, romântica.

Malenotti afirma que nunca foi intenção da banda lançar tendência ou ir na onda de quem pensa que está reinventado a roda.

- O disco é mais uma girada no pião para ver se ele roda mais rápido e a gente continua na estrada. O importante mesmo é manter nossa identidade fazendo o que a gente sabe fazer.


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