ZH Explica
Entenda como funciona um desfile de escola de samba
Comentarista de Carnaval explica a importância de cada quesito na maior festa popular do Brasil
Carros alegóricos, mestre-sala, porta-bandeira, enredo e comissão de frente. No desfile das escolas de samba, cada detalhe tem importância e significado próprio. Mas, você sabe para que serve cada um dos elementos de uma escola de samba?
ZH pediu ao jornalista e comentarista de carnaval do Grupo RBS, Renato Dorneles para elucidar cada ponto da maior festa popular do Brasil:
Comissão de frente: é o primeiro contingente humano de uma escola de samba. Tem a função de saudar o público e os jurados, apresentando a escola. No Rio de Janeiro, é quesito. Em Porto Alegre, embora não seja quesito, é presença obrigatória nas escolas de samba.
Abre-alas: é a primeira alegoria apresentada pela escola de samba e a única que não obrigatoriamente precisa fazer parte do enredo. Normalmente, traz o símbolo da escola (a Águia da Portela, ou o Tambor da Mangueira, por exemplo).
Ala das baianas: é uma das mais importantes em uma escola de samba. Embora não seja quesito de avaliação, é obrigatória. Representa as antigas baianas quituteiras que, no início do século 20, abriam suas casas para rodas de samba, em um tempo em que o ritmo ainda reprimido pela polícia.
Carros alegóricos: são julgados dentro do quesito alegorias e adereços, mas também são fundamentais no quesito enredo, pois, juntamente com as fantasias, têm a missão de apresentar visualmente o tema da escola.
Mestre-sala e porta-bandeira: proporcionalmente, são os componentes mais importantes, pois são apenas dois disputando cada nota dos jurados do quesito (na bateria, por exemplo, são centenas de ritmistas). Tem a missão de conduzir e apresentar o pavilhão da escola (bandeira), executando um bailado específico.
Bateria: é uma espécie de orquestra de percussão, que deve acompanhar o canto e conduzir o ritmo do desfile. Forma um quesito específico, mas também influencia em outros, como harmonia musical e samba-enredo.
Madrinha de bateria: não é obrigatória no desfile, a menos que faça parte do enredo. Há escolas que optam por mulheres de sua comunidade e outras por famosas para desempenhar a função.
Recuo da bateria: nas passarelas do samba, há espaços destinados às baterias que, durante o desfile, deverão ingressar neles. Enquanto isso, outras alas precisam ocupar o espaço deixado pela saída da bateria da passarela, para que não ocorram os chamados "buracos", que provocam perda de pontos no quesito evolução.