Noveleiros
Em baixa na audiência, Babilônia passa por mudanças para atrair o público
Rejeição à nova trama preocupa a direção da Globo
Com apenas duas semanas no ar, Babilônia já é motivo de preocupação na Globo. A nova trama das 21h não engrenou e audiência baixa prejudica o resto da programação.
Além da rejeição inicial que ocorre com toda a novela estreante, principalmente quando vem depois de um grande sucesso como Império, Babilônia carrega outros problemas na bagagem. O público mais conservador não aceita as cenas de homossexualidade, traição, prostituição, tráfico de drogas e outras polêmicas retratadas na trama. Existe até uma campanha de boicote à novela, promovida pelos evangélicos e com o apoio de parlamentares ligados à Igreja Universal do Reino de Deus.
Por tudo isso, a ordem agora é iniciar uma operação de "resgate" de Babilônia. A partir desta segunda-feira, até a logomarca ganhou uma cara nova: sai o tom escuro e com letras vermelhas, entra uma imagem mais colorida.
Foto: Reprodução, TV Globo
Segundo o colunista Daniel Castro, as chamadas também serão intensificadas, visando apresentar melhor os personagens, com destaque para a mocinha batalhadora Regina, uma das únicas que tem bom caráter em meio a tantos canalhas, vilões e corruptos. Aliás, talvez seja aí que Babilônia esteja errando, ao exagerar nos tipos negativos e com poucos heróis para conquistar o público.
Nos próximos capítulos, o romance dos jovens Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes), uma espécie de Romeu e Julieta moderno. Ela é de família conservadora e filha do prefeito Aderbal (Marcos Palmeira). Ele, foi criado por duas mães, o casal Tereza (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg). Os dois sofrerão muito com o preconceito da sociedade.
A história principal, no entanto, não deve sofrer alterações. Gilberto Braga, João Ximenes Braga e Ricardo Linhares continuarão apostando nas maldades e falcatruas que tanto chocaram os telespectadores nessas primeiras semanas.
Vale lembrar que os números preocupantes são referentes à audiência de São Paulo e Rio de Janeiro, onde há o maior número de habitantes, o que acaba refletindo na audiência de modo geral. Na Grande Porto Alegre, por exemplo, os números são bem diferentes. Babilônia tem mantido a audiência do horário na mesma média de sua antecessora, Império. Aliás, o número de telespectadores por minuto de Babilônia é maior do que da trama anterior.
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