Escuta Essa
DJ Marquinhos, direto da lavagem para o funk, sem esquecer da gurizada
DJ e produtor é um dos descobridores de talento do funk em Porto Alegre.
Há 13 anos, Marcos Barbosa, o DJ Marquinhos, hoje um dos mais conhecidos nomes como funk, como DJ e produtor, começava sua carreira, mas de uma maneira inusitada. Na época, o cara trabalhava como lavador de carros em uma lavagem, na Avenida Bento Gonçalves. Começou a pegar a paixão pela música quando passava o dia ouvindo música.
- Ao lado da lavagem que eu trabalhava, tinha uma loja de som automotivo. Eu passava o dia ouvindo alguns sons, comecei a pegar gosto. Mas a principal inspiração para tentar a sorte nesse mundo foi o Cassiá (da Rádio Cidade, 92.1 FM). Ele sabe tudo, tocava de tudo nos seus programas - revela Marquinhos.
Juntando o suado dinheiro que ganhava na lavagem, Marquinhos conseguiu comprar seu primeiro computador. Aos poucos, começou a tentar entrar no mundo dos bailes. O primeiro foi no Morro da Cruz.
- Passei uns dois anos virando 48 horas direto, sem dormir. Do baile para a lavagem, da lavagem para o baile. Lavava de 28 a 30 carros por dia, trabalhando de segunda a sábado, das 9h às 21h - relembra Marquinhos, 35 anos.
Com ele, a gurizada tem vez
Quando conseguiu entrar no circuito do funk, na época restrito ao Baile Funk da Tuca, Marquinhos começou a chamar a atenção de nomes nacionais. Responsável por trazer nomes como MC Orelha, consagrado no Rio, não descuida da gurizada. Entusiasta de novos talentos, recebia com prazer materiais de nomes ainda desconhecidos do funk na Capital, como Tchesko, Loos, Felipinho e Paty, por exemplo. Ao lado do parceiro Giovane Azenha, é um dos grandes descobridores de talentos na Capital. Mesmo assim, não largou as picapes:
- Incentivo eles, tem muita gente se espelhando no trabalho dessa gurizada. E as picapes são minha paixão, não largo.