O pai das Helenas
Relembre os maiores acertos e os piores erros de Manoel Carlos na tevê
Prestes a entregar uma nova sinopse, o autor já teve altos e baixos
Com mais de 30 anos de Rede Globo, Manoel Carlos coleciona sucessos, mas ultimamente não anda agradando boa parte do público. Entre erros e acertos, destaco aqui duas grandes novelas criadas por Maneco, e também duas decepções do autor.
Pensou Helena, pensou Regina Duarte. Não adianta, depois de interpretar a clássica protagonista em quatro novelas, a atriz ficou marcada ao viver as grandes mães sofredoras criadas por Manoel Carlos. A que passou por piores momentos, com certeza, foi a anti-heroína de Por Amor. O ato de trocar seu bebê pelo neto morto, tudo para proteger a filha Eduarda (Gabriela Duarte), causou polêmica. Reprisada no Vale a Pena Ver de Novo e no Canal Viva, a trama sempre emociona o público.
Em Laços de Família, Vera Fischer deu vida a uma Helena mais sedutora, com direito a cenas calientes com o então estreante Reynaldo Gianecchini. Em mais uma grande prova de amor materno mostrada por Maneco, Helena abriu mão do romance com Edu em nome de Camila (Carolina Dieckmann). Ao engravidar do ex-namorado para tentar salvar a filha com leucemia, a protagonista mostrou que o amor de mãe está acima de tudo.
Após grandes sucessos, Manoel Carlos deu a primeira "derrapada" em 2009, com a fraquíssima Viver a Vida. A primeira Helena negra e jovem, interpretada por Taís Araújo, não agradou o público. Quem roubou a cena foi Alinne Moraes, brilhante como a tetraplégica Luciana. Destaque para Mateus Solano como os gêmeos Miguel e Jorge, primeiro grande trabalho do ator na Globo.
Em Família, exibida recentemente, foi uma das piores audiências no horário nobre. Júlia Lemmertz fechou o ciclo de "Helenas", iniciado por sua mãe, Lilian Lemmertz, em 1981. A história teve baixíssima repercussão diante do público, só não naufragou por completo devido ao sucesso do casal "Clarina" (Clara e Marina, vividas por Giovanna Antonelli e Tainá Müller).
Manoel Carlos marcou época, mas talvez tenha "perdido a mão" nos últimos trabalhos. Ou será que foi o público que mudou muito e já não tem paciência para histórias mais "arrastadas"? O que vocês acham?
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