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Por quanto tempo após a relação sexual a pílula do dia seguinte é eficaz?

Medicamento tem altíssimas doses de progestogênio e só deve ser usada numa emergência, não como anticoncepcional rotineiro

30/07/2015 - 19h29min

Atualizada em: 30/07/2015 - 19h29min


Lúcia Pesca
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Ricardo Chaves / Agencia RBS

Olha só, estou namorando há três meses, e já aconteceu de eu ter que tomar a pílula do dia seguinte duas vezes. Na primeira vez, a camisinha estourou, e, na segunda, a coisa começou a pegar fogo, mas não tínhamos preservativo e não conseguimos segurar. Eu tenho 17 anos, e a minha mãe queria me levar no médico dela. Mas fiquei com vergonha e medo de que ele falasse as minhas coisas para ela. Então, o que é essa pílula e até quanto tempo depois da transa a gente tem que tomar? O que vocês me aconselham a fazer como anticoncepção, meninas?

Querida leitora, em primeiro lugar, a pessoa que mantém relações sexuais com certa regularidade deve procurar um médico para receber a orientação necessária sobre o uso da pílula ou de outro método contraceptivo adequado às condições de seu organismo e à faixa de idade.

Aliás, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a dupla proteção - pílula anticoncepcional e preservativo -, a fim de proteger também contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Mas a pílula do dia seguinte ou pós-coital tem altíssimas doses de progestogênio e só deve ser usada numa emergência, não como anticoncepcional rotineiro.

Seu uso é indicado em casos de ruptura do preservativo, de relação sexual em momento próximo à ovulação e em situações de estupro. Estas circunstâncias justificam a indicação da pílula do dia seguinte, que deve ser tomada desde o momento da transa até, no máximo, 72 horas após.

A maioria das mulheres responde com perda sanguínea no prazo de sete a dez dias. A eficácia de tomar essa dose nas primeiras 24 horas é de 95%, uma vez que cria condições para atrasar a ovulação e, com isso, impedir a gravidez.

Sigilo obrigatório

A recomendação é que as meninas busquem um ginecologista antes de dar início à vida sexual. Elas precisam ser informadas a respeito da importância da dupla proteção.
Muitas não querem ir ao ginecologista da mãe por medo de ele falar sobre a consulta delas. Mas lembrem-se de que a função do médico é ouvir suas dúvidas, mostrar as opções e nunca trair a sua confiança em hipótese alguma!

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