Você tem ideia de qual artista recebeu mais pelos direitos autorais por ter suas músicas tocadas nas rádios brasileiras?

Entre Paula Fernandes e Roberto Carlos, você tem algum palpite?

Se você pensou na primeira opção, acertou! O sertanejo é líder da preferência dos brasileiros e mostra que a coroa do "Rei", hoje, tem mais de um dono.

Sertanejo domina o mercado e se torna a nova música pop brasileira

A cantora foi quem mais arrecadou em 2014, de acordo com dados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Já a música Domingo de Manhã, de Marcos e Belutti, também representante do ritmo, ficou em segundo lugar do ranking do Ecad entre as canções mais tocadas no rádio no mesmo ano, ficando atrás apenas do hit Happy, de Pharrell Williams.

Conhecido dos brasileiros há tempos, o gênero retomou o sucesso nas ruas e nas rádios há pelo menos cinco anos, diz Adriano Moraes, comunicador e programador da Rádio Cidade. Desde então, não saiu do topo.

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Prova disso, é o Top 100 da Billboard: as primeiras 20 músicas do ranking nesta segunda-feira foram sertanejas. Na mesma linha, o ranking em tempo real do Deezer, atualizado às 18h desta terça, mostrava, que dos 25 artistas mais ouvidos, 19 eram nomes do cenário sertanejo e sertanejo universitário. Na lista do serviço de streaming de música dos últimos 30 dias, as "coroas" de ouro e de prata ficaram com com as duplas Jorge & Mateus e Henrique & Juliano, respectivamente.





Além da porteira, um universo musical para conhecer

Em um país com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, é quase impossível ficar por dentro de todos os ritmos e de todos os nomes que se destacam. Artistas que em outras regiões do Brasil reúnem milhares de pessoas nos shows, algumas vezes são desconhecidos por aqui.

Um fenômeno recente do sertanejo e em ascensão: quem era Cristiano Araújo

- A gente vive numa bolha. A geração de 25 anos pra baixo se criou sem preconceito de gênero, já está conectada com o Brasil, como não existia na minha geração em que todo mundo era do rock - analisa Arthur de Faria, músico e jornalista.

Para ele, a questão da música é menos ideológica do que era em outras épocas.

- Não tem mais aquela coisa "eu sou do rock". As pessoas ouvem mais todas as coisas - diz.

Moda de Salvador agora é o "arrocha ostentação"

Outros gêneros como arrocha, tecnobrega, melody e forró fazem cada vez mais sucesso nas regiões norte e nordeste do Brasil. No entanto, no Rio Grande do Sul, muitas vezes alguns nomes passam despercebidos.

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Se você nunca ouviu falar em Wesley Safadão, Pablo ou Psirico veja a lista que preparamos:

Arrocha

Ritmo baiano originado da seresta e com influência da música brega e romântica. Depois de algumas misturas, recebeu toques de axé e forró. Um dos ícones do arrocha é o grupo baiano Psirico.

Forró

Muito comum nas festas juninas do Nordeste, o forró popular de hoje é uma mistura de vários ritmos como baião e xaxado. Wesley Safadão - Garota Safada são os nomes do forró brasileiro contemporâneo.

Sertanejo Universitário

De acordo com Carlos Eduardo Miranda, produtor musical, o ritmo é um mix de arrocha com tchê music. Ainda há influência do sertanejo de raiz. Hoje, quem lidera os principais rankings musicais são: Luan Santana (1º na Billboard) e Cristiano Araújo (1º no ranking de tempo real do Deezer).

Sofrência

Música típica da dor de cotovelo. Mistura de sofrimento com carência. De acordo com Miranda, "é a música que as pessoas sofrem, ouvem e dançam com a mão na cara". O cantor mais conhecido do gênero é o baiano Pablo, considerado "Rei da Sofrência".

Tecnobrega

Criado no final dos anos 1990 por Tonny Brasil, da banda Bundas, o gênero teve origem no Pará e mistura brega com música eletrônica. Gaby Amarantos foi um dos nomes que fez o ritmo ficar conhecido no país, mas o abandonou. Hoje, a cantora apresenta música pop, dizem especialistas.