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MC de Alvorada aposta em shows para conseguir trocar prótese após atropelamento

Funkeiro MC Júlio, que sofreu um acidente em 2013, batalha para conseguir a trocar, com o grana que arrecadar em shows

21/08/2015 - 15h21min

Atualizada em: 21/08/2015 - 15h21min


José Augusto Barros
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Exemplo de superação, a vida de Júlio da Silva Arrieta, 20 anos, morador do Bairro Santa Bárbara, em Alvorada, já foi contada na seção Estrelas da Periferia, em janeiro deste ano, aqui no Diário. Em setembro de 2013, passou por um acidente que mudou sua vida da noite para o dia.

O jovem trafegava de moto por Alvorada quando colidiu em um caminhão. A violência do choque o fez perder parte da perna esquerda. Antes do acidente, Julio trabalhava como pintor, gostava de ouvir música em casa, mas nunca pensou em levar o mundo artístico a sério.

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- Tive uma parada cardíaca que durou mais de um minuto. As sequelas poderiam ter sido muito maiores. Fiquei oito meses em recuperação, não consegui mais trabalhar. Então, neste período, comecei a compor, escrever. Foi o que me deu força para sair daquela situação - relembra o hoje MC Júlio, fã de funk ostentação e de MC Rodolfinho, que o inspirou no período de molho.

Aos poucos, a grana tá vindo

A colocação da primeira prótese, provisória, foi via Sistema Único de Saúde (Sus). Agora, ele precisa trocá-la por uma nova, definitiva. Com dificuldade, o guri espera juntar entre R$ 40 e R$ 50 mil, valor da prótese que terá que pagar do próprio bolso. Se tentasse via Sus, precisaria entrar em uma longa fila.

- Todo o dinheiro que eu ganhar fazendo shows será destinado para a compra. Ainda está difícil, mas começou a melhorar. Nos últimos meses, os shows começaram a aparecer, tenho feito cerca de oito por mês. Somente neste fim de semana, faço quatro. Dois hoje, em Porto Alegre em Alvorada e dois neste sábado, nas mesmas cidades. E já tenho três fã-clubes no Facebook - comemora Julio.

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Para dar uma bombada forte na carreira, e levantar a grana, o funkeiro pretende gravar clipe da canção Bem Trajado, no estilo ostentação, até dezembro.

- Devo gravar com o DJ Mart, que é muito reconhecido no funk daqui. E quero juntar essa grana o mais rápido possível O clipe é uma porta de entrada para conseguir mais shows, é uma apresentação de luxo do artista - afirma Júlio.

Guilherme Santos / Especial

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