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Falando de Sexo

Descubra as causas do vaginismo, que tem cura

Distúrbio se caracteriza por contrações involuntárias que podem fechar completamente o canal vaginal durante a relação sexual

04/09/2015 - 18h58min

Atualizada em: 04/09/2015 - 18h58min


Lúcia Pesca
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Reprodução / Reprodução


Queridas colunistas do Falando de Sexo, tenho 25 anos, e o meu problema é que, nas poucas vezes que tentei ter relações sexuais, o meu namorado não conseguiu introduzir o pênis na minha vagina, não importando a posição em que eu estava. Seria esse problema fruto de um abuso sexual que sofri aos dez anos?

Teria algum recurso médico, através de medicamentos e cirurgia, que resolvesse essa minha deficiência? Onde eu teria que procurar um atendimento especializado pelo SUS, pois sou muito humilde? Penso ser um caso muito raro. Me ajudem, por favor! Admiro a orientação que vocês dão às pessoas que precisam e não podem pagar um tratamento desses. Um beijo muito carinhoso para as duas!

Querida leitora, obrigada pela admiração! De fato, o trauma por abuso sexual pode deixar sequelas, e o que você tem chama-se vaginismo: a contração das paredes da vagina por medo, dor ou trauma. Trata-se de um distúrbio que acontece por fatores psicológicos e é caracterizado por contrações involuntárias que podem fechar completamente o canal vaginal durante a relação.

Esses músculos do períneo de uma mulher aparecem durante uma tentativa de introduzir algo na vagina. Incluem-se aí o próprio pênis, dedo, um tampão ou algum instrumento durante a consulta médica.

Tratamento e terapia

Situações como discórdia entre o casal, experiências negativas, falta de excitação e lubrificação, educação rígida, tabus, parto difícil, tristeza, estresse e depressão podem contribuir para o vaginismo. O tratamento não requer medicamento, cirurgia, hipnose ou outra técnica que não seja a psicoterapia.

Comece com exercícios de contração e de relaxamento da vagina e, depois de vários dias, adote movimentos de introdução ou de dilatação dela - com o dedo na vagina, chegando a tentar com até três dedos.

A participação do parceiro no tratamento ajuda o casal a se reconectar. A terapia foca na relação entre pensamentos e os seus comportamentos.

É difícil achar este tipo de tratamento no Sus. Enquanto isso, tente iniciar os exercícios sozinha até ter condições de fazer uma terapia sexual. E vá devagar! Você precisa ser paciente.

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Se você tiver dúvidas ou sugestões de assunto, escreva para falandodesexo@diariogaucho.com.br
 


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