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Dia do Gaúcho

Paixão Côrtes sobre o Acampamento: "Você vai lá e vê inúmeras fantasias"

Folclorista, que está com 88 anos, afirma que o tradicionalismo não é estático, mas que é preciso saber até onde criar.

18/09/2015 - 18h31min

Atualizada em: 18/09/2015 - 18h31min


Dani Barcellos / Especial

Nascido em Santana do Livramento, o folclorista Paixão Côrtes, 88 anos, que serviu de modelo para a estátua do Laçador, fala, neste 20 de Setembro, sobre o Acampamento Farroupilha e as tradições gaúchas passadas ê - transformadas - de geração para geração. Pai de quatro filhos (um já falecido), avô de cinco netos e casado com Marina, o estudioso conta como vê a data e a evolução dos costumes adotados pela gauchada.

Aqui Entre Nós - Como é o Dia do Gaúcho para o senhor?
Paixão Côrtes
 - Eu sou gaúcho 365 dias por ano, não sou gaúcho só no 20 de Setembro. Nesta data, presto homenagem aos meus ancestrais e procuro fazer isso com respeito, pesquisando as tradições.

Aqui - Tem o costume de frequentar o Acampamento Farroupilha?
Paixão -
Sim, claro, já fui lá! Não existe no mundo uma manifestação de culto às tradições e à sua terra como aqui. O povo tomou conta e deu as suas características, ou por conhecimento ou por ignorância. Por conhecimento, quando representa com fidelidade. Por ignorância, quando aparece fantasiado. Você vai lá (no Acampamento) e vê inúmeras fantasias.

Aqui - O que considera fantasia?
Paixão -
Eu não estou acusando as pessoas, mas existe uma responsabilidade em ser tradicionalista. Não basta colocar um vestido de prenda e sair com uma cuia na mão. A mulher, por exemplo, tem que tomar seu mate com cuia de porcelana! Mas é o jeito que as pessoas se manifestam... Eu não sou tradicionalista, procuro a ciência do folclore. E o tradicionalismo não é estático, é dinâmico, mas tem que saber até onde criar.

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