Meninas, estou casada há 24 anos, e o meu marido sempre me traiu. Ele é viciado em traição.

No entanto, um dia desses, eu cansei e disse que só ficava junto se a gente fosse fazer terapia. Felizmente, o meu marido aceitou a proposta.

Mas a psicóloga nos falou que o nosso casamento não tinha chance e me disse para eu perder a esperança porque ele não mudaria o seu tipo de comportamento. Ainda assim, eu queria saber a opinião de vocês duas: isso é verdade? 

Acreditamos que qualquer casamento pode ser trabalhado em uma terapia sexual ou de casal. Mulheres e homens possuem maneiras diferentes de levar um relacionamento amoroso.

E, quando o assunto é traição, a ideia é a mesma: eles são incentivados desde sempre a terem diversas parceiras sexuais, a bancarem os conquistadores e a buscarem aventuras fora da vida conjugal. Aos olhos da sociedade, isso pode parecer até normal.

Enquanto isso, mulheres que traem são condenadas, principalmente, se são mães. A sociedade as vê como um atentado à moral e à família.

Encorajar o perdão

Pela nossa experiência, se o casal está disposto a ter esperança, então, nós, terapeutas, devemos ser ainda mais esperançosos! Você teria razão de se separar - moral, legal, ou mesmo biblicamente falando, possui todas as justificativas para não ficar ao lado deste homem.

No entanto, o fato de o seu parceiro ser viciado em infidelidade, como você relatou, não quer dizer que ele não a ame. Parece incoerente, mas, em alguns casos, isso é possível. Ainda assim, o que importa é que vocês querem ajuda para tentar de novo, e o mais incrível é que ambos desejam a terapia.

Isso tudo é uma evidência de que os dois lados se querem e se comprometem a tentar resolver os problemas para viverem melhor. Casais que acreditam no divórcio como a única opção perdem logo a esperança e não procuram soluções para ficarem juntos, tornando assim a relação a dois mais infeliz, sem estímulo de ir adiante.

Então, se vocês estão dispostos a perdoar, é claro que a nossa missão é trabalhar essa esperança e encorajar o perdão a dois.

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