Samba no pé
Saiba como Viviane Rodrigues, a eterna musa do Carnaval gaúcho mantém a forma
A partir de janeiro, Vivi poderá ser vista nas chamadas de Carnaval da RBS TV
À porta dos 40 anos e dona de um corpo que deixa a arquibancada de queixo caído, Viviane Rodrigues, madrinha da bateria da escola de samba Estado Maior da Restinga, esbanja alegria, beleza e sensualidade. Mãe, empresária e carnavalesca de carteirinha, é o retrato da mulher contemporânea, que divide sua rotina entre mil afazeres sem descuidar da vaidade.
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Admirada por centenas de pessoas e exemplo para muitas que, como ela, sonham em se destacar na folia, a partir de janeiro, Vivi poderá ser vista nas chamadas de Carnaval da RBS TV. Enquanto a festa de Momo não chega, conheça a história e os segredinhos desta musa que tem o samba nas veias e no coração.
Foi aos sete anos de idade que Viviane, hoje com 39, entrou pela primeira vez no barracão da Tinga. E, de lá, não saiu mais. Até que, aos 16 anos, conquistou um dos mais importantes títulos do Carnaval de Porto Alegre, desejado por muitas meninas: foi escolhida rainha da festa na Capital.
- Sou uma mulher que cresceu dentro do samba, e ele me ensinou a ser uma pessoa do bem. Toda a menina quer sair como rainha de bateria. Só o samba pode proporcionar isso - diz a musa.
Solteira, mãe de Itamar, 16 anos, e dona de um rebolado que faz sucesso há quase três décadas nas passarelas do samba, Vivi nunca se descuidou da forma. Malha e controla a alimentação para fazer bonito nos dias de festa.
Exercícios e dieta
Desde agosto, vem intensificando a dieta com muita proteína, salada e legumes. Mesmo em meio à correria do dia a dia, dedica uma hora dos seus dias à academia. E foi nesse ambiente que ela encontrou a reportagem do Lady. Atualmente, Viviane é empresária e mora no Centro de Porto Alegre com o filho. Tudo o que tem hoje, faz questão de dizer que foi graças ao ziriguidum
.- Me transformei numa empresária do samba. Vendo artigos para o Carnaval, de cola quente ao cristal mais valioso que você pode imaginar. Brilho, luxo, pena de faisão, tudo que faz a beleza e a magia das fantasias.
Abre alas, Brasil!
O momento mais inesquecível do reinado de Viviane aconteceu em 1992, quando a Estado Maior da Restinga conquistou o título de campeã do Carnaval de Porto Alegre pela terceira vez. E o sucesso que teve início aqui já a levou para o centro do país.Em 2012, a gaúcha brilhou à frente da bateria da Acadêmicos do Tatuapé, escola do grupo de acesso de São Paulo. Naquele ano, a agremiação subiu para o grupo Especial do Carnaval paulistano.
- Eu mais chorava do que sambava - lembra Vivi sobre a emoção do momento.E a passarela parece ter ficado pequena para esse furacão que até na televisão foi parar. Em 2013, representou a escola de São Paulo no concurso Musa do Carnaval, do Caldeirão do Huck, e ficou entre as quatro finalistas do quadro. E voltou neste ano à competição.
- Nunca imaginei estar no palco com o Luciano (Huck, apresentador) concorrendo a um título tão importante. Foi uma grande conquista na minha vida.
Inspiração para a comunidade
Vivi saiu da Restinga, mas o bairro onde ela nasceu e cresceu nunca saiu dela. Até hoje, serve de inspiração para várias meninas da comunidade.
- Elas ficam esperando esta época do ano para saber qual passo eu vou agregar à minha coreografia, qual o comprimento que vai ter meu mega-hair.É muito lindo poder ensinar e passar um pouco do que sou para estas meninas - diz.
Para encantar, inspirar e despertar tanta admiração, ela dá a receita:
- É preciso ter humildade e muito carisma. Se você não conquista o povo, não é ninguém na avenida.