Primeira princesa lésbica
Campanha na internet pede que Disney dê uma namorada à Elsa, de "Frozen"
Mobilização para que personagem seja homossexual começou nos Estados Unidos, mas ganhou adesão de internautas brasileiros
Ao ser lançado em 2014, o filme "Frozen - Uma Aventura Congelante" superou o costume da Disney de criar princesas delicadas que esperam o príncipe encantado. As irmãs Anna e Elsa se metem em aventuras num reino repleto de neve e dão mais valor ao amor entre elas do que ao romance. Mas os fãs querem mais: uma campanha iniciada por internautas dos Estados Unidos pede que, no próximo filme, Elsa torne-se a primeira princesa lésbica da Disney.
Irmã mais velha, Elsa é reprimida pelos pais desde a infância, quando começou a apresentar habilidades para a magia. Ao crescer, passou a viver isolada dos outros, com medo dos próprios poderes. Os internautas pegaram esse fato para comparar a situação de Elsa ao preconceito que homossexuais sofrem na sociedade. E assim começou a campanha para que a personagem assuma a homossexualidade e ganhe, ao invés da companhia de um príncipe, uma namorada.
No Twitter, a hashtag #GiveElsaAGirlfriend já foi usada mais de 19 mil vezes. "Porque garotas lésbicas são princesas também!", defendeu a internauta Alexis Isabel, a primeira a fazer o pedido à Disney pelo Twitter, no dia 1º de maio.
A hashtag ultrapassou fronteiras e os brasileiros entraram na campanha.
Há quem entenda que, se a Disney aceitar fazer de Elsa uma princesa lésbica, isso incomodaria os conservadores.
Para alguns, tratar sobre homossexualidade em desenhos infantis é uma forma de educar as crianças contra o preconceito.
A chance de fazer piada, claro, não foi desperdiçada.
A Disney é criticada por movimentos sociais pela falta de diversidade entre as princesas. Porém, nos últimos anos a maior marca de entretenimento do mundo parecer ter acatado os pedidos: em 2009 foi lançada a primeira princesa negra, a Tiana, e em 2015, a primeira princesa latino-americana, a Elena de Avalor.
Além da tornar Elsa uma personagem lésbica, um dos pedidos, no entanto, ainda não foi atendido: criar uma princesa gordinha. Um abaixo-assinado nos Estado Unidos começou a circular em 2014, mas não conseguiu o número de assinaturas suficientes.