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Michele Vaz Pradella: "remake é nostalgia ou falta de imaginação?"

Próxima novela das 19h é uma nova versão de Sassaricando, sucesso da década de 1980

28/05/2016 - 10h00min

Atualizada em: 28/05/2016 - 10h01min


Michele Vaz Pradella
Michele Vaz Pradella
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Em mais de 50 anos de teledramaturgia, é difícil emplacar uma história nova. Nada se cria, muito se copia, ou se recicla, dá uma nova roupagem e assim, até as tramas mais clichês ficam com cara de novidade. E as atuais tramas no ar são prova de que o público gosta mesmo é de um bom "novelão": mocinha encontra mocinha, vilões atrapalham, final feliz no último capítulo...

É possível, sim, investir em histórias inéditas, mesmo que algumas situações se repitam, o que é inevitável em qualquer obra, seja na tevê, literatura, cinema ou teatro. Nesse caso, será que ainda é necessário "ressuscitar" novelas que muita gente já viu? Os famosos remakes ainda são capazes de prender o público.

Fedora Abdalla ontem e hoje

Haja Coração não chega a ser um remake, vem sendo chamado de "releitura" de Sassaricando, trama de Sílvio de Abreu exibida entre 1987 e 1988. Acontece que a Tancinha de Claudia Raia, o Apolo de Alexandre Frota e a Fedora de Cristina Pereira ainda estão fresquinhos na mente de boa parte do público. Será inevitável comparar os antigos personagens com os novos, vividos por Mariana Ximenes, Malvino Salvador e Tatá Werneck.

Tancinha em duas versões

São essas comparações, além de um certo preconceito de "ah, eu já vi essa novela" que podem afastar o público da nova (velha?) trama. Cabe ao elenco de agora e ao autor responsável pela adaptação a responsabilidade de mostrar que Haja Coração é outra novela.



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