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Neto Fagundes prepara CD com canções sugeridas por Nico e revela: "Sinto o tio muito presente"  

Este será o segundo Dia do Gaúcho que o cantor passará longe do nativista, morto em junho de 2015. Novo trabalho chega em novembro

17/09/2016 - 12h02min

Atualizada em: 17/09/2016 - 12h03min


Flávia Requião
Flávia Requião
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Neto Fagundes, 53 anos, prepara uma homenagem ao parceiro de palco e da vida Nico Fagundes. O poeta, historiador e apresentador Antonio Augusto Fagundes deixou os tradicionalistas órfãos desde a sua morte, em junho do ano passado, aos 80 anos. Mas o seu sobrinho vem com uma novidade que promete emocionar.

– Em novembro, pretendo lançar o Galpão Sagrado, CD com um livro e as músicas que o tio Nico queria que eu gravasse – adianta Neto, que passará o seu segundo Dia do Gaúcho sem o taura.

Aqui Entre Nós – Como vai ser este projeto do disco?
Neto Fagundes – Ele sempre falava que o cantor dependia de uma boa música, olhava alguns grupos e via o quanto isto era importante. Aí, fez uma listinha pra mim com 15 músicas que ele queria que eu gravasse. O CD terá de dez a 12 clássicos, incluindo Origens, e vai ser produzido pelo meu irmão, Paulinho. Agora, estou atrás das autorizações dos autores das canções. O livreto vai trazer um pouco da criação destas músicas, além de fotos do tio Nico no Galpão. Quero lançar em novembro, perto do aniversário dele (dia 4).

Aqui – Mais uma vez, tu te vês sozinho apresentando o Galpão Crioulo, já que a Shana (Müller, que deve dar à luz até o dia 21) está de licença-maternidade.
Neto –
Sim. Neste fim de semana, é o meu segundo programa sozinho, com o Paixão Côrtes de atração. E a minha vida inteira foi coletiva, com Os Fagundes, em shows... Estou desde o ano 2000 no Galpão. Agrego mais afazeres, mas é tranquilo.

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Aqui – Teus filhos e a tua esposa (a engenheira civil Cristina Cardoso) têm essa pegada tradicionalista da família Fagundes?
Neto – Eles gostam, vão aos shows, mas são urbanos. Ainda assim, os meus filhos têm o gosto pela arte. A Marina (21 anos), é da Publicidade, e o Matheus (com 15) está no colégio, mas é ligado a cinema.

Aqui – O Nico ainda está muito presente?
Neto – Sim, sinto o tio muito presente. Olhava aquela figura de pilcha, e ele era uma entidade! A gente andava muito junto, seja para apresentar o Galpão, cantar... Quando já estava mais debilitado, era eu sempre quem dava o nó no lenço dele. Antes de abrir as cortinas do palco, parece que vou encontrar com o tio. E ainda escreveu Origens: "Eu sei que não vou morrer, porque de mim vai ficar o mundo que eu construí, o meu Rio Grande, o meu lar". Ele não morreu mesmo.



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