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Renato Prieto, o André Luiz de "Nosso Lar", começa a filmar até julho a sequência do sucesso no cinema

Ator e diretor esteve em Porto Alegre para os ensaios da peça sobre o médium Divaldo Franco e conta suas vivências com Chico Xavier

18/02/2017 - 12h00min

Atualizada em: 19/02/2017 - 07h50min


Flávia Requião
Flávia Requião
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Uma vida dedicada à arte e à espiritualidade. Renato Prieto, o André Luiz do filme "Nosso Lar (2010), consegue reger sua trajetória nesta sincronia – e com tamanha maestria que o seu sucesso ultrapassa as fronteiras do Brasil.

Em Porto Alegre até o último dia 13, ele acompanhou como diretor os ensaios da peça "O Semeador de Estrelas – a Vida do Médium Divaldo Pereira Franco". O espetáculo foi originalmente montado por ele há dez anos, no Rio de Janeiro, e, agora, ganha nova versão com a Cia Hariboll de Teatro, com direito a campanha de financiamento coletivo (saiba mais em
catarse.me/osemeadordeestrelas).

A pré-estreia está prevista para maio, mês em que o médium baiano completa 90 anos. Por telefone, Renato fala sobre os seus 30 anos de ofício, reconhecimento e fé. E avisa: vem aí a sequência de "Nosso Lar" nos cinemas.

Aqui Entre Nós – Que tal foram os teus dias na Capital?
Renato Prieto –
Já me sinto porto-alegrense! Porto Alegre tem uma efervescência cultural pela preservação da arte. Isto me agrada muito.

Aqui – Como está sendo trabalhar como diretor de O Semeador de Estrelas?Renato – Eu já estive com eles (elenco) outras vezes. Estão prontos, são estudiosos. É um projeto de sucesso. Já foi visto em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Ganha nova roupagem com o gancho dos 90 anos do Divaldo.

A turma da nova montagem na Capital

Aqui – O que mais vem aí entre os teus projetos para 2017?
Renato –
Em setembro, devo ir a Miami, Orlando, Boston e Nova York. Na semana que vem, estou em São Paulo para filmar o documentário No Meio de Nós. Volto ao Rio para ensaiar 2 A Morte É Uma Piada 2, com estreia para abril. Em seguida, divulgo o filme A Menina Índigo, com estreia para maio. E estou fazendo reuniões para protagonizar um seriado em um canal fechado. Entre junho e julho, começam as filmagens de Nosso Lar 2 – Os Mensageiros(do livro Os Mensageiros, psicografado por Chico Xavier, ditado pelo espírito de André Luiz).

Na foto, de chapéu, em A Menina Índigo.

Aqui – Como foi fazer André Luiz em Nosso Lar(várias obras psicografadas por Chico foram ditadas por este espírito)?
Renato –
Quando vi o tamanho da responsabilidade, me dei conta de que deveria ficar absolutamente focado. Durante as filmagens, me isolava estudando os textos. Tive de emagrecer quase 18kg para algumas cenas. É uma honra. Fiz com um amor muito grande.

Aqui – Mexeu contigo?
Renato –
Eu me sentia o tempo todo protegido, com a sensação de que alguém zelava por mim, do ponto de vista espiritual.

Aqui – Teus trabalhos têm temática espírita, e tu te identificas com a doutrina?Renato – Sou espírita desde menino. Quanto mais eu puder ajudar as pessoas a viver melhor, por intermédio da minha profissão, mais farei. O melhor lugar é sempre de quem ajuda.

Aqui – Tiveste uma passagem pela tevê...
Renato –
Sim, na Globo, fiz Caso Verdade (série no ar de 1982 a 1986), Sinhá Moça (1986) e, na Manchete, Corpo Santo (1987). Mas eu me identifico mais com a pontualidade e a disciplina do teatro e do cinema.

Aqui – Como é a tua relação com o público?
Renato –
Sempre procuro participar de debates, eventos sociais e, assim, fui criando uma relação de simpatia. Com o Nosso Lar, as pessoas apontavam para mim nas ruas se referindo ao André Luiz. O filme fixou o meu nome, me firmou.

Aqui – Hoje, és um Renato diferente?
Renato –
Não tenho a menor dúvida! Aprendi a relaxar, mas sem perder a responsabilidade, e aprendi a não oferecer resistência ao que é. Minha gratidão aumentou também muito.

Aqui – Tiveste contato com o Chico Xavier (o médium morreu em 2002 e ficou conhecido por seu trabalho de caridade e pelos livros espíritas que psicografou)? Renato – A última vez que eu estive com ele foi na comemoração dos 90 anos de Uberaba (Minas Gerais). No melhor teatro da cidade, fiz, gratuitamente, o espetáculo E a Vida Continua. Conversamos muito. Defino Chico Xavier assim: um homem chamado amor. Era muito carinhoso e sempre queria saber dos novos projetos. Me sinto honrado dos seus conselhos e das nossas conversas sempre tão amorosas, cheias de ensinamentos e humor. Ele me incentivava a continuar. Uma vez, me disse: "Você só vai entender o que está fazendo, divulgando estas belas histórias, falando sobre espiritualidade, quando desencarnar. Então, continue". E ainda me falava: "Aquilo que é seu, nem precisa procurar. Porque o que é seu vai te achar".


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