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A última espiadinha

"BBB 17": do começo morno ao "fogo no parquinho", relembre os altos e baixos desta edição

Com a grande final nesta quinta-feira, reveja momentos que marcaram positivamente e também as "bolas fora" do reality

12/04/2017 - 23h25min

Atualizada em: 13/04/2017 - 20h07min


O BBB 17 chega ao fim nesta quinta-feira marcado pela polêmica de violência doméstica, por um elenco repleto de personalidades distintas e pela ótima condução de Tiago Leifert, que estreou à frente da atração nesta temporada. Abaixo, confira os pontos altos e baixos do programa que terá o último episódio exibido a partir das 22h30min desta quinta-feira.

As finalistas do "BBB 17": Emilly, Ieda e Vivian

Pontos altos:

Mulherada mostrou a que veio - Esse foi, sem dúvida, o BBB das mulheres. Em um programa no qual o público busca protagonistas, foram elas que estiveram à frente das boas histórias. No começo, Mayara e Vivian se uniram em uma indicação ao paredão que determinou a dinâmica da casa até o fim. Ao colocar Marcos na berlinda, criaram a primeira divisão de grupos e o jogo começou a se desenhar em cima disso. Elis colocou fogo na casa, Roberta fez todo mundo cair na risada com suas caras e bocas e Ieda provou que qualquer um pode chegar longe no jogo – e na vida – com alto-astral e muito amor próprio. E até no centro da grande polêmica deste BBB as gurias estavam. O gaúcho Marcos, namorado de Emilly, praticou violência física e psicológica e acabou expulso do reality (leia mais abaixo). No fim das contas, as finalistas Ieda, Vivian e Emilly deixaram as diferenças de lado para se apoiarem nesse momento difícil.

Diferentes personalidades - A proposta do BBB 17 era destacar a diversidade. Esse foi o segredo para um dos elencos mais interessantes das 17 edições. Se a mistura agradou o público, que pôde se identificar com diferentes perfis, na dinâmica do jogo as coisas ficaram um pouco difíceis. Apesar de tão diferentes, o que os brothers tinham em comum era o desejo de evitar conflitos. Esse foi o BBB da conversa, da explicação, da troca de ideias e do desafio de ser diplomático em um jogo que pede que se façam alianças e inimigos. Somente na reta final vimos os participantes se exporem mais, colocarem as cartas na mesa e fazerem movimentos arriscados.

Os participantes do "BBB 17". Além deles, a gêmea gaúcha Emilly e o gêmeo capixaba Manoel

Tiago Leifert se deu bem - No começo foi estranho imaginar um BBB sem Pedro Bial. O apresentador deixou sua marca na forma de conduzir a atração, sempre com muita cerimônia e distância dos brothers. Já Tiago Leifert mostrou, desde o primeiro dia, que estava ao lado dos participantes. O apresentador fez o programa do seu jeito: se no começo estava um pouco sem energia, não levou mais do que duas semanas para entrar no ritmo frenético que o reality pede, tornando-se um elemento chave na condução do jogo. Eram dele os discursos quase didáticos de como os participantes deveriam agir, no que apostar, como interpretar os sinais das eliminações. A cada dia, se mostrava mais confortável e, das muitas berlindas que enfrentou ao vivo, saiu-se bem em todas. Inclusive, a mais difícil delas: a eliminação de Marcos após o caso de agressão contra a participante Emilly.

Viradas bacanas - No BBB 17, as novidades começaram desde o primeiro dia. A entrada de quatro participantes antes dos demais – as duplas de irmãos gêmeos Emilly e Mayla, e Antônio e Manoel – garantiu aos "novinhos" a simpatia do público. A separação dos irmãos após a primeira semana de confinamento foi um dos momentos mais emocionantes do reality. Mais tarde, o intercâmbio com o Gran Hermano Espanha trouxe para a casa a italiana Elettra Lamborghini. Tatuada, divertida e sem papas na língua, a estrangeira se divertiu como ninguém, dançando e curtindo muito em todas as festas que participou.

Emilly e Elettra curtindo uma das festas do "BBB 17"

Quando os grupos já estavam mais divididos e as inimizades declaradas, a produção apostou alto e criou um paredão fake, no qual Emilly foi eliminada em uma votação aberta e ao vivo. Com a saída relâmpago, a sister ganhou a oportunidade de, na verdade, escolher seus aliados e ir morar, temporariamente, em outro lado da casa – que estava separa por um muro. E foi ali, no "lado Mexicano", que a aliança entre Emilly, Marcos e Ilmar começou a se consolidar.

Muro dividiu a casa do "BBB 17" em dois lados: o mexicano e o norte-americano

Recursos que colocaram fogo no parquinho - Para esquentar o que parecia ser o BBB mais pacífico de todas as 17 edições, a produção investiu forte em alternativas que tirassem os brothers da zona de conforto. Votações abertas e paredões triplos quase viraram rotina. Sorteios para que revelassem o voto feito no confessionário, ou para decidir ao vivo quem trocava de grupo na hora do Tá com Tudo e do Tá com Nada também geraram alguns conflitos interessantes. Mas nada chegou aos pés do Jogo da Discórdia. Era dessa brincadeira nada inocente que, semana após semana, brigas e alianças acabavam surgindo.

Pontos baixos:

Romances chatos - Muita gente "shippou" o casal Marcos e Emilly antes do relacionamento desandar e terminar com violência doméstica, mas isso não exclui o fato que a dupla gaúcha brigava demais desde o início do romance, era irritante e acabava com a paz onde estivesse. Poderia ter sido uma história de amor bacana para acompanhar – só que passou longe disso. Para completar o time de casais chatos, temos os gêmeos Manoel e Antônio ao lado de suas respectivas companheiras, Vivian e Mayara. Outro quarteto que deu sono. Ou seja: que decepção esses casais do BBB.

Marcos e Emilly

Ao vivo sem freios - Nesta edição, os participantes não respeitaram as regras básicas de convivência no ar, como cada um falar de uma vez só. Leifert precisou chamar a atenção do grupo inúmeras vezes, inclusive levantando a voz, em vias de perder a paciência. Pareciam crianças. Pode ser falta de pulso do novo comandante, ou o azar de ter estreado com brothers tão mal-educados. Enfim, o fato é que ficou chato.

Recorde de punições - Este BBB bateu o recorde de punições na história do programa. Foi praticamente uma grande falha por semana, apesar dos alertas incessantes da produção. Resultado: a direção do reality ficou irritada e passou a castigar os brothers fortemente. Festas canceladas e recados de familiares no paredão abolidos foram alguns dos castigos.

Câmeras registraram o omento em que Ilmar pegava parte da comida destinada ao outro grupo. Resultado: punição para toda a casa

Violência contra a mulher - Depois do programa ter expulsado participantes por agressão física (Ana Paula Renault no BBB 16) e suspeita de estupro (Daniel Echaniz no BBB 12), foi a vez da produção eliminar um participante por violência contra a mulher. As atitudes do gaúcho Marcos Harter com participante Emilly, sua namorada dentro da casa, foram interpretadas pelo público como violência psicológica e física e geraram revolta nas redes sociais. A polícia do Rio de Janeiro pediu para ver as imagens, foi até a casa do BBB e decidiu iniciar uma investigação. Marcos acabou expulso na última semana de programa. No fim, ficou a lição valiosa de que a violência pode vir de onde menos se espera.

Momento de briga entre o casal Marcos e Emilly

Família "Os Silva" e outras coisas desnecessárias - Talvez você não lembre deles, já que não duraram nem duas semanas no ar, mas a edição deste ano apostou em uma mistura duvidosa entre Vila Sésamo, A Grande Família e reality show. Apresentados como a tradicional família brasileira, os cinco bonecos d'Os Silva tinham como objetivo comentar tudo sobre o BBB17 em diálogos divertidos e engraçados. Com vozes de personalidades como Heloísa Périssé e Lúcio Mauro Filho, não precisa dizer que o quadro foi uma das maiores bolas fora desta edição.

Os já esquecidos "Silva"

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