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Estrelas da Periferia

Conheça o músico do Belém Velho que tocou com Lourdes Rodrigues

Antônio Carlos Pereira, 62 anos, sempre se dividiu entre o trabalho e a música. Nos anos 90, chegou a dividir o palco com Lourdes, um dos grandes nomes da música gaúcha. 

25/04/2017 - 07h00min

Atualizada em: 25/04/2017 - 13h26min


Aos 62 anos, aposentado, Antônio Carlos Pereira, morador do Bairro Belém Velho, na Zona Sul da Capital, finalmente achou um tempo para curtir sua grande paixão: a música. Antônio começou no meio musical no fim dos anos 1970, participando de festivais de talentos do Sesi, em Porto Alegre.

Apaixonado por MPB e bossa nova, participou da formação dos grupos Nova Geração e Energia Negra, destaques em bailes da época. Porém, a rotina era intensa e pegada para um jovem músico e funcionário público municipal.

– Cansei de virar noites tocando, chegar em casa. dar uma dormida e ir praticamente "virado" para o trabalho. Por esse motivo, não conseguia investir todos os meus esforços na música – relembra.

Ao lado de um mito

Nos anos 90, ainda revezando-se entre o trabalho e a música, teve um dos grandes momentos de sua carreira: acompanhou por cerca de três anos, uma das grandes vozes da história da música gaúcha: Lourdes Rodrigues, falecida em 2014.

– Foi um período muito importante e rico da minha carreira. Foi um privilégio acompanhar a Lourdes pelos palcos do Rio Grande do Sul. Tinha muito talento – elogia Antônio.

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Em 2014, por conta dos 100 anos de nascimento de Lupicínio Rodrigues, uma grande referência de Antônio, ele participou do projeto Caminhos do Lupi, uma ação da Carris, em um ônibus especial, um passeio que apresentava a história do compositor, por meio de locais importantes para Lupi, nas ruas de Porto Alegre.

– Ao final do passeio, acontecia um pequeno show, foi uma grande experiência _ relembra Antônio.Com tempo de sobra para a música, Antônio nutre o sonho de todo o músico, desde os mais jovens até os veteranos: gravar o primeiro disco.

Com cuidado e sabedoria, ele prepara o primeiro álbum, que deve sair entre 2017 e 2018, com canções próprias como Que Faço, feita em parceria com o sambista Paulão da Tinha, já falecido, e outras canções, compostas em parceria com sua esposa, Beth Álvares.

– Um dos nossos objetivos é resgatar os valores da bossa nova e do samba de raiz – completa Antônio.

Pitaco de quem entende

O produtor artístico Adriano Brasil fala sobre o trabalho de Antônio Carlos.

– Interessante ele seguir na linha do samba de raiz, bossa nova e MPB, gêneros que já tiveram muito destaque por aqui, com gente como Lupicínio Rodrigues. É um bom trabalho, que resgata a música de qualidade – afirma o especialista, que dá a dica.

– A dica que deixo é que deve gravar clipes, deixar seu trabalho acessível não só aos amantes da música da mesma faixa etária dele, mas para os mais novos, também.

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