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Maisa empoderada: confira dicas para falar sobre o feminismo em casa, em qualquer idade

Situação vivida pela atriz, de 15 anos, é bastante comum. Segundo a psicóloga Fernanda Hampe, conversar sobre o assunto é fundamental

30/06/2017 - 17h57min

Atualizada em: 30/06/2017 - 18h41min


Elana Mazon
Elana Mazon
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Maisa enfrentou o chefe e desabafou nas redes sociais

Maisa Silva, 15 anos, está no centro de uma discussão. No dia 18 de junho, ela participou do Programa Silvio Santos ao lado de Dudu Camargo, 19 anos, outra estrela do SBT. O patrão insistiu, várias vezes, em unir dos dois jovens.

Firme, Maisa deixou claro que estava incomodada e, mesmo sendo chamada de indelicada, desabafou pelas redes sociais: "Até quando as mulheres vão viver precisando aceitar tudo?".

O caso continuou nesta semana, quando Maisa teria saído chorando de outra gravação, e gera uma discussão necessária. Para as meninas da idade da estrela, que podem enfrentar situações parecidas, e também para as mães que desejam criar suas filhas em uma sociedade com menos diferenças entre os gêneros, o Lady ouviu a professora do curso de Psicologia da Unisinos Fernanda Hampe, que dá dicas e alerta:

– Se o machismo existe e persiste, é porque nós o naturalizamos. Onde ele aparece, precisamos questioná-lo.

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O incentivo certo
Para a professora, a primeira questão que surge é: por que um menino e uma menina, quando vistos juntos, precisam ser apontados como namorados?

– As relações não precisam se pautar pela lógica do namoro. Acabamos incentivando que meninas e meninos tenham um namorado ou namorada, e pouco falamos de relações de amizade, parceria, ou qualquer outra – diz.

Por isso, com seus filhos, procure incentivar relações saudáveis, acima de tudo. Sem forçar a barra para um "namoradinho". Para as gurias, a mesma dica: você pode, sim, ter amigos meninos.

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Opinião: por que Maisa Silva foi maravilhosa ao rebater comentários machistas de Sílvio Santos e Dudu Camargo

Desde cedo
Para a profissional, não existe idade certa para abordar o feminismo em casa. Vale desde sempre.

– A nossa cultura é massivamente machista, e isso se reflete nas menores situações. Além disso, estas situações são tidas como coisa normal – orienta.

Um exemplo é quando uma criança ou adolescente chama outro de nomes como "mulherzinha".

– Se deparar com algo assim, questione: por que ser "mulherzinha" é ruim? Talvez, a criança não entenda no momento tudo o que isso significa, mas saberá que, ali, existe uma situação a ser pensada – recomenda a especialista.

Aliados
Hoje em dia, existem muitos aliados para falar sobre igualdade de gênero com crianças e adolescentes:

Hoje em dia, existem muitos aliados para falar sobre igualdade de gênero com crianças e adolescentes:

Busque histórias nas quais as meninas também sejam heroínas, aventureiras e lutam pelas suas trajetórias.

– Mais do que mostrar para as crianças, converse com elas sobre o que elas viram, deixando claro que elas podem ser como desejarem – orienta a professora.

Filmes e livros que inspiram
/// Animação Valente (2012)
/// Animação Moana, Um Mar de Aventuras (2017)
/// Encantadoras de Baleias (2002)
/// Histórias Para Ninar Garotas Rebeldes (Editora V&R, R$ 60, preço médio)

Silvio (C) queria unir Dudu e a menina

Nem sempre é fácil
O que Maisa passou é muito comum, e nem sempre as adolescentes sabem como responder. Ou, quando falam, seus argumentos não são aceitos.

– Quando uma jovem é firme diante de uma situação de machismo, incomoda as pessoas que estão confortáveis na cultura machista, inclusive em casa – diz a psicóloga.

A dica para as meninas é não deixar uma situação assim passar. Converse com seus pais e busque a ajuda de colegas e professores na escola.




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