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Guri de Uruguaiana fala sobre o novo filme do Homem-Aranha: "eu não serviria para amigo da vizinhança"

15/07/2017 - 08h00min

Atualizada em: 15/07/2017 - 08h00min



Ser amigo dos vizinhos? Não dá!

Pitaco

Buenas! Nesta semana, fui ao cinema assistir ao filme do Homem-Aranha, o super-herói amigo da vizinhança. Apesar de simpatizar com o vivente, confesso que não serviria para o papel. Até gosto da ideia de ser um super-herói, o problema é ser amigo da vizinhança!

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Meu vizinho é mais chato do que chinelo de gordo. Todo domingo de manhã, ele me acorda escutando funk no último volume. Até já sei o presente que vou dar pra ele de Natal: um fone de ouvido!

Depois, ao meio-dia, ele faz um baita churrasco, daqueles que levanta um cheirinho gostoso por cima do muro. Parece que faz de propósito, só porque sabe que eu não tenho dinheiro nem pra um churras de mortadela.

Igual ao vizinho

Outro dia, o bagual veio reclamar que eu estava usando o wi-fi dele. Mas usar a internet do vizinho não é roubar. Não pedi pro sinal dele entrar na minha casa, invadindo a minha propriedade privada.

Outro dia, a minha patroa veio reclamar:

– Tu devia ser igual ao vizinho! Todos os dias, ele chega do trabalho e dá um beijo apaixonado na vizinha!

Eu respondi:

– Não seja por isso. Vou fazer igual! Pode chamar a vizinha! Que barbaridade!


Fica ligado, vivente!

Novo DVD

Chê! Tô mais faceiro que mosca em tampa de xarope ao anunciar que, em breve, estará pronto o DVD do meu show Guri de Uruguaiana 2: a Missão! O trabalho foi gravado ao vivo, em abril, no Theatro São Pedro. Enquanto o DVD não chega, tu pode assistir ao show novo em Estância Velha, no dia 23, e em Ivoti, no dia 28!

Causos da Fronteira

Em uma cidade pequena, nem funerária tinha. Por isso, quando alguém batia as botas, costumavam contratar o Genésio para buscar um caixão na cidade vizinha, com seu velho caminhão. Certa feita, vinha pela estrada o caminhão do Genésio, com um caixão na caçamba, quando um vivente pediu carona.

– Se tu não te incomodas de ir na carroceria, junto ao caixão, podes subir! – disse o motorista.

O xiru agradeceu a gentileza e trepou no caminhão. Começou uma chuvarada e o bagual, que viajava ao relento, achou boa ideia deitar-se dentro do caixão. Com o balanço da viagem, cochilou rapidinho. Mais na frente, outro vivente pediu carona. O Genésio falou:

– Se tu não te importas de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir.Embora achasse desagradável viajar na companhia de um defunto, era melhor do que andar.

Tirinha

Nunca mais

De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentando-se em volta do caixão. Ao passar num buraco da estrada, um tremendo solavanco sacudiu o caixão, despertando o dorminhoco. Levantando devagarinho a tampa e pondo a palma da mão para fora, o gaudério fala:

– Tchê! Já parou a chuvarada?

O povo apertou o passo, partindo dali mais ligeiro do que cavalo de parteira. Não ficou um único corajoso em cima do caminhão. O fato é que, depois do ocorrido, nunca mais nenhum genro daquelas bandas encomendou um frete de caixão com o caminhão do Genésio… “Vai que a sogra volta!”

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