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De volta aos pagos

VÍDEO: Cinco momentos de Claus & Vanessa nos Estados Unidos

Dupla, que morou em Orlando por três meses, está de volta à Porto Alegre, e fala do período que esteve em solo norte-americano. 

07/10/2017 - 12h00min

Atualizada em: 07/10/2017 - 12h00min


José Augusto Barros
José Augusto Barros
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Tadeu Vilani / Agencia RBS
De volta aos pagos

Após três meses em Orlando, nos Estados Unidos, a dupla Claus e Vanessa está de volta ao lar. Empolgados com a experiência em solo norte-americano, onde gravaram clipe e fizeram show em lugar icônico da cultura de lá, o Hard Rock Cafe, os gaúchos já preparam malas e passaportes para uma nova experiência em terras gringas, em 2018. 

Mas é claro que sem deixar a gauchada de lado. Eles ficarão na ponte aérea Porto Alegre - Orlando, morando um tempo em cada lugar. Embarque no diário de bordo da dupla, que completa 18 anos de carreira no ano que vem. É a maioridade que bate à porta.

"Plantamos sementes por lá"

De junho a setembro, Claus, 39 anos, e Vanessa, 38, moraram em Orlando, na Flórida. E mais: em 2018, quando a dupla completa 18 anos de carreira, eles pretendem retornar aos Estados Unidos, em mais uma temporada. Mas fiquem tranquilos, fãs da dupla: não existe um plano de deixar os pagos de vez.

— Nós plantamos sementes. Estamos fechando contrato com uma agência de entretenimento de lá, que cuida de artistas brasileiros, para que a gente faça apresentações quando a gente voltar — revela Claus.

Eles gravaram o clipe de NeverLoved, uma experiência ousada, tanto por conta das locações, que rolaram nas Bahamas e em Las Vegas, quanto por conta dos vocais.  Claus e Vanessa cantam em espanhol, inglês e português. No vídeo, abusam da sensualidade, em um clima ao estilo de Despacito, hit do porto-riquenho Luis Fonsi. 

Lá e cá

Na primeira passagem nos States, a dupla teve o seu clipe exibido em uma emissora de televisão voltada ao público brasileiro, em rádios e fez shows na região (confira mais na entrevista abaixo). Para organizar a logística, a dupla aposta na casa de eventos inaugurada dentro da morada dos dois, na Capital, e em uma organização diferente dos shows.

— Ficaremos na ponte Porto Alegre — Orlando. Quando estivermos por aqui, ao invés de espalhar as datas de shows pelo mês, faremos um perto do outro — diz Vanessa.

Claus explica que o objetivo é começar, aos poucos, a criar uma carreira internacional:

— Estaremos lá e aqui.

No olho do furacão

Reprodução / Instagram

Em setembro, a dupla passou por uma experiência única na terra do Tio Sam: o furacão Irma - que matou 40 pessoas, sendo nove nos Estados Unidos. O fenômeno acabou perdendo força, mas o susto foi grande.

— No começo, ninguém dava bola. Mas, quando as possibilidades começaram a ficar mais concretas, rolou tensão. Um dia, quando estávamos em Miami, andando de carro, notamos que a movimentação estava por todos os lados, tinha toque de recolher. Tu te sentes num filme — relembra Vanessa.

Por meio de vídeos no stories do Instagram (que permite postagens que somem após 24h), a dupla mostrou um pouco da rotina no período turbulento. A grande corrente de ajuda que se formou foi o que chamou a atenção da dupla.

— Como as pessoas compram mais água, para estocar, vários lugares baixam o preço ao invés de aumentar. Alguns supermercados até dão água. Hotel que não recebe animal passa a receber — explica Claus.

— Eles ampliaram a malha aérea e colocaram voos mais baratos. Tudo se mobilizou a favor das pessoas. 

Foi uma rede de solidariedade — completa a cantora.  

"Passamos três meses mais unidos do que nunca" 

Diário — Como foi a experiência em Orlando?
Claus —
Nós ficamos três meses. Fomos preparados para sentir de perto a experiência de como é viver lá, em função de o mercado estar abrindo portas para nós. Neste ano, o clima latino, meio Despacito, invadiu, veio com tudo. Lá, isso é ainda mais forte. Desde o início do ano, eu já estava com NeverLoved, aprontando a produção. Gravamos o clipe em Las Vegas e nas Bahamas. E aproveitamos esse ensejo para estar lá. 


Diário — Não é muito comum para músicos gaúchos gravarem clipe nesse estilo. Como foi a experiência?
Vanessa —
As locações (Las Vegas e Bahamas) falam por si só, né? Essa música foi criada de uma maneira diferente, sabe? Criamos uma história antes de escrever a letra. Mas, claro, a viagem inspirou, ajudou. Conta a história de uma mulher que adora dançar e de um cara que é uma espécie de Christian Grey (personagem de Cinquenta Tons de Cinza). Ele vai para Las Vegas para dançar com essa mulher, mas ele nunca a amou, não quer nada. Foi um caminho diferente, muito interessante. E acho que repetiremos essa receita.  

Diário —Vem clipe novo aí?
Claus —
Já tem uma música para o verão! E faremos aqui (em Porto Alegre).

Diário — E a experiência enquanto casal e pais, com foi?
Claus —
Muito legal, passamos três meses mais unidos do que nunca. A Olívia (filha deles, três anos) estava sempre com a gente, foi muito parceira. Voltamos com a sensação de que a gente tem que aprender muito com os Estados Unidos, claro.

Diário —Como foram recebidos por lá?
Vanessa —
O brasileiro tem aquela sede de ouvir música, vai prestigiar o som dos seus conterrâneos. A gente se sentiu muito querido.

Diário —Como está sendo o retorno ao Brasil (o casal desembarcou em Porto Alegre no dia 28 de setembro)?
Claus —
Já "caímos" na correria (risos)! Um dia depois de chegarmos, fomos para a estrada, fazer shows. Estamos entrando no clima, mas é uma rotina diferente, tu acabas entrando um pouco no sistema deles, né? Muita coisa é diferente.
Vanessa — E, claro, a gente fica mais "espiado" aqui, por causa da segurança. Lá, tu ficas mais relaxado.  

Diário — Com essa pegada latina na mais recente música de vocês, o que vem por aí?
Vanessa —
Ainda não tem nada certo, mas, quem sabe, a gente não faz releituras dos nossos sucessos em espanhol? É um idioma muito forte no mundo. Nos Estados Unidos, ainda mais! Com a grande colônia latina. 

Diário — Com quase 18 anos de dupla e com a velocidade da tecnologia atual, no mundo musical, como fazem para se reinventar?
Claus —
É como um estilista, né? Coloca uma roupa na rua, tem que fazer outra. Terei que fazer o meu estúdio em casa por lá, já que tenho o meu aqui, para continuar a minha rotina de inspiração. Mas, certamente, não faltará inspiração por lá (risos). 





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