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Suor, "corrida" e quase nenhum medo: saiba mais sobre o trabalho de Giovani Grizotti

Jornalista está na RBS TV há 21 anos e já trabalhou nas mais variadas reportagens investigativas

09/12/2017 - 20h00min

Atualizada em: 09/12/2017 - 20h00min


Cris Silva
Cris Silva
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Certamente, iria faltar espaço aqui, na minha coluna, para descrever o repórter Giovani Grizotti. Ele é um colega que sempre me inspirou muito. 

Arquivo Pessoal / Divulgação

Trabalhei com essa fera do jornalismo investigativo durante 10 anos e sempre gostei de ouvir as histórias que ele contava na redação sobre os bastidores de cada matéria. Então, hoje, apresento um outro lado desse profissional que tem 21 anos de RBS TV, mais de 60 prêmios de jornalismo e muitas "corridinhas". 

Qual é a reportagem mais te orgulha?
Com certeza, foi a da máfia das próteses (em 2015). Teve grande repercussão e gerou abertura de CPI no Congresso Nacional, no Senado, na Assembleia Legislativa. Foi um divisor de águas porque fez com que o Governo Federal adotasse várias providências, houve operações da polícia... Realmente, mudou uma realidade.

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Nesses 21 anos de reportagem, alguma foi mais difícil?
Eu acho que não tem reportagem difícil, tem reportagem trabalhosa. É muito tempo de pesquisa, muita viagem para todos os cantos do país e, claro, muito suor. A gente parte do zero, praticamente. 

Uma das coisas mais marcantes nas tuas matérias são as corridinhas, quando o entrevistado é desmascarado e foge da câmera. O público comenta sobre isso?
A "corrida" virou uma marca. Em todos os lugares que eu vou, dentro ou fora do Rio Grande do Sul, as pessoas perguntam: "E aí, quando vai ter mais uma corridinha?". Já foram mais de 10. A primeira surgiu quando a gente mostrou o caso de pessoas que vendiam diplomas falsos pela internet. Na hora em que abordei um desses falsários e me apresentei como repórter, ele saiu correndo. Não é intencional. Mas, jornalisticamente, é importante que, depois de fazer a gravação com câmera escondida, a gente mostre a reação da pessoa desmascarada. Eu acho que o público também busca muito isso... como uma pessoa explica aquilo que, minutos atrás, confessou?

Arquivo Pessoal / Divulgação

Como é trabalhar diretamente com a equipe do Fantástico?
A minha relação com o Fantástico é a maior conquista profissional nesses 21 anos de jornalismo. Toda vez que eu vou para o Rio de Janeiro ficar na redação do Fantástico, me sinto em casa. Para mim, é muito importante. Mas o meu foco é sempre o Rio Grande do Sul.

Já sentiste medo em alguma situação?
Eu acho que o medo é normal. Mas a gente tenta trabalhar com uma logística que diminua o risco e, consequentemente, diminua o medo. Mas eu também acho importante sentir medo, porque faz tu te proteger, planejar bem as ações. Na verdade, eu fico mais ansioso do que medroso.

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Qual reportagem teve mais repercussão nesses anos todos?
Uma reportagem que repercutiu muito e que as pessoas comentam até hoje foi a da farra dos vereadores (exibida em 2010). Com o pretexto de fazer cursos de qualificação, eles viajavam e faziam turismo com o dinheiro público. Foi muito marcante. As reportagens que eu faço no segmento tradicionalista também dão uma repercussão muito grande.

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