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Magali Moraes fala sobre o #textão nas redes sociais

19/01/2018 - 10h00min



Miguel Neves / Divulgação

Calma que no espaço dessa coluna nem cabe textão. Ele aparece seguido no Facebook. Até no Instagram, que é uma rede supervisual, existe esse fenômeno. Só lê quem quer. E antes já te avisam que a leitura vai ser longa. O textão quase sempre é um desabafo ou uma reclamação. Mas também pode ser uma homenagem linda a alguém. Essas me pegam direitinho. Eu leio todas. Especialmente se a pessoa que escreveu não faz isso com frequência.  

É a prova de que, quando bate forte a emoção, qualquer um consegue se expressar através da escrita. Desde que tente. Muita gente coloca na cabeça que não sabe escrever. Aquilo se torna uma verdade absoluta. E cada vez mais as palavras vão ficando trancadas dentro de si. Escrever é terapia. É oxigênio. É organizar em frases os sentimentos que estão desordenados na cabeça. Se for uma declaração de amor, um relato de superação, uma conquista pessoal, com certeza isso inspira outras pessoas.

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De todos os textões do Facebook, as despedidas são as que mais me comovem. É num momento de grande perda que a emoção vem com tudo. Eu choro junto. Mas por que alguém vai se expor numa rede social? Pra aliviar o coração. Pra ser amparado pelos amigos. Pra não se sentir sozinho. Porque as pessoas são mais fortes quando se unem. Por mais bobagens que a gente encontre nas redes sociais, existe muita solidariedade. E ninguém está livre de precisar de um colinho virtual. Um dia a gente consola. No outro, é consolado.

Um textão merece sua atenção quando você tem disposição pra se colocar no lugar de quem escreveu. As homenagens póstumas são relatos de vida em que a gratidão é uma forma de suportar a saudade. Claro que o melhor é textão ao vivo, olho no olho, com direito a abraço apertado e ombro amigo. O mesmo vale pras homenagens de amor. Mas, nessa vida corrida, as redes sociais quebram o galho e nos aproximam do jeito que dá. Com vírgula errada ou não, vida longa ao textão. 





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